A imperativa atualização-2024 dos equívocos CTI (II)
A política aérea do líder europeu é ‘The best use of existing infrastructures’. Londres, o maior polo mundial, tem seis aeroportos (cinco de 1 pista), um deles VINCI-Gatwick, onde a empresa francesa quer implementar o sistema de pista que, no HUB Alverca, a nomeada CTI desconsiderou.
Usar Alverca-margem norte é retomar o uso comercial no que já foi o aeroporto de Lisboa
Aeroporto em atividade contínua há mais de cem anos, é hoje casa OGMA-Embraer (de que o uso comercial beneficia). Tem estação na L. Norte (quatro linhas), duas autoestradas sem portagem e uma circular (CREL).
Aeroporto Alverca só foi analisado como complemento menor da Portela
Em 2007, ALVERCA teve a certidão de óbito: em solução dual, o alinhamento da sua pista 04-22 cruza Portela 03-21. E, assim, a equipa-LNEC, para apenas 42M, justificou na margem sul o aeroporto Alcochete com quatro pistas e a maior ponte rodoferroviária mundial.
HUB Alverca sozinho já em 2018 era suficiente para Lisboa
A aviação evoluiu muito. Bastava à VINCI e CTI olhar para o planeamento Gatwick (nós olhámos), está lá escarrapachado: capacidade-1 pista 330.000mov e, com mais uma só de partidas, 390.000mov ► ALVERCA-76M (mais dez milhões que HUB Portela +Montijo).
Valor Portela (3.500 milhões €) é grande de mais para se deitar para o lixo
É o elefante em cima da mesa. Para ALVERCA são precisas duas novas pistas (uma 4.000m) mais longe da população e que rodam para ter trajetórias sobre água dos dois lados. Assim, para incorporar Portela, bastou acertar o ângulo para ter 3 pistas paralelas. E, com a inovadora fusão através de comboio-automático exclusivo, surgiu o HUB Alverca (75%)/Portela-citadino (25%).
Atualização-2024: HUB Alverca-Portela 110M (procura-2080 até 65M)
Aproveitar PORTELA é pura economia. Eliminar significa perder competitividade, o custo de mudar milhares de pessoas (aeroporto + TAP) e desperdiçar 3.500 milhões €. Na Europa rica não se fecham aeroportos da dimensão Portela, adapta-se o uso (Paris-Orly e Milão-Linate). Com a última média VINCI-205 passageiros/voo (antes 194), ALVERCA sobe para 80M e Portela-citadino vai a 30M (110.000mov + reserva 36.000mov) ► 110M.
Atualização-2024: HUB Alverca 90M (procura-2080 até 65M)
Se a intenção do governo for retirar o aeroporto Portela da equação, a abordagem ALVERCA pode ser mais lata. As duas pistas podem distar entre si 290m (aeroporto Newark), ambas com aproximação de precisão nos dois topos, que na pré-pandemia processaram 446.714mov. Mas, também pode ter afastamento de 390m como Dubai ou 760m como Seattle. A capacidade HUB Alverca sobe pelo menos para 440.000mov-90M no horizonte-2050.
A atualizada projeção Reino Unido arrasa de vez o CTI giga-aeroporto 150M
A procura para Lisboa com as taxas atualizadas do R. Unido (iguais a Portugal-EUROCONTROL) conduz no horizonte-2050 a 44M e no horizonte-2080 a 56M. Com folga, a referência para Lisboa é 60-65M. Forjar a potencial procura de 150M só pode ter tido um objetivo: justificar Alcochete no presente pois, para a anterior justificação (2007) de 42M, prova-se que hoje chega uma pista.
É agora claro: HUB Alverca-Portela tinha de cair antes da compita com Alcochete
Atentemos nas enormidades entretanto desmontadas. Das 760.000 pessoas afetadas pelo ruído, afinal são só 150. Na subida da água do mar, afinal as pistas estão dois metros acima do Terreiro do Paço. Nos sismos, afinal o mais perigoso são as encostas. No ambiente, afinal afeta menos de 1% das aves do estuário do Tejo, na capacidade, em vez de 115mov/h basta 72 e, na área, afinal em vez de milhares de hectares chega o tamanho do aeroporto Gatwick (670ha).
HUB Alverca sozinho tem capacidade bastante e não afeta ninguém com ruído
É o único HUB europeu com trajetórias sobre água dos dois lados. Terá o mais rápido acesso ao centro-cidade/centro-histórico, mais ligações diretas suburbanas e passagem da nova rede AV. A diferença de estar sozinho cinge-se a elevar o custo por não aproveitar Portela.
A exclusão ALVERCA foi contra o direito comunitário e deve ser investigada
A comissão excluiu ALVERCA antes de ter equipa técnica, o que lhe assaca a plena responsabilidade de, pensadamente, por de fora a solução que não tem alternativa na margem norte na esfera da concessão (75km). A exclusão está ferida de morte, mas sobe a escândalo, a ser investigado por UE, primeiro por enviesada subtração dos três critérios mais decisivos − o custo, o prazo e o contrato de concessão (onde Alverca se destaca) − e, agora, por provado exagero da procura (informe técnico britânico).