Linha SNS Grávida já atendeu 63 mil chamadas e encaminhou 46 mil grávidas para urgências

O serviço também aconselhou 5 mil a permanecerem em autocuidados e encaminhou cerca de 1.000 utentes para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Nos primeiros seis meses de funcionamento, a Linha SNS Grávida realizou cerca de 63 mil atendimentos, dos quais aproximadamente 46 mil culminaram no encaminhamento de grávidas para serviços de urgência. Esta linha, acessível pelo número do SNS 24 (808 24 24 24), foi criada para melhorar a gestão e o acesso aos serviços de saúde, oferecendo triagem clínica inicial realizada por enfermeiros.

De acordo com dados fornecidos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) à agência Lusa, o serviço também orientou 11 mil grávidas para os cuidados de saúde primários, aconselhou 5 mil a permanecerem em autocuidados e encaminhou cerca de 1.000 utentes para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

A linha foi lançada a 1 de junho como parte do Plano de Emergência e Transformação da Saúde. Este serviço foi concebido para assegurar que cada utente recebe cuidados adequados à sua situação clínica, evitando deslocações desnecessárias e otimizando o uso de recursos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo os SPMS, a Linha SNS Grávida permite um uso mais eficiente dos recursos de saúde, reservando os cuidados primários e as urgências para casos realmente graves. “A Linha SNS Grávida é um exemplo claro de como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem inovado para oferecer serviços mais eficientes e centrados nas necessidades das pessoas”, destacam os responsáveis.

O sistema oferece acompanhamento por telefone, com chamadas de seguimento realizadas em momentos considerados clinicamente apropriados. “Desde a implementação da Linha SNS Grávida, muitos casos foram resolvidos através de orientação clínica telefónica, permitindo que as grávidas permanecessem em autocuidados ou procurassem o acompanhamento adequado nos cuidados de saúde primários, sem necessidade de recorrer diretamente a serviços de urgência”, explicam os SPMS.

A linha contribui para aliviar a sobrecarga nos serviços de ginecologia e obstetrícia, áreas tradicionalmente mais pressionadas no SNS. Ao anunciar a sua criação, o Ministério da Saúde sublinhou o objetivo de otimizar a resposta a esta procura, promovendo uma gestão mais racional dos recursos disponíveis.

Os SPMS reforçam que o serviço “assegura que cada caso é encaminhado para o nível de cuidados mais adequado”, ao mesmo tempo que “contribui diretamente para a redução do número de atendimentos desnecessários em unidades de saúde”.

Com este novo canal de atendimento, o SNS reforça o apoio à saúde materna, promovendo maior acessibilidade e eficiência para as grávidas em todo o país.