Diretores de seis museus nacionais escolhidos

Os mandatos dos novos diretores serão exercidos em regime de comissão de serviço com a duração de três anos, até dezembro de 2027

As direções dos museus nacionais dos Coches, de Etnologia, do Traje, de Conímbriga, Soares dos Reis e do Museu Nacional Resistência e Liberdade foram anunciadas esta sexta-feira pela empresa Museus e Monumentos de Portugal. A escolha resulta de concursos internacionais.

Para o Museu Nacional dos Coches/Picadeiro Real, é apontada a museóloga Rita Dargent, que substitui Mário Antas, à frente da instituição desde 2021. Para a direção conjunta do Museu Nacional de Etnologia e do Museu de Arte Popular, a escolha recai no arqueólogo Gonçalo de Carvalho Amaro, que sucede ao antropólogo Paulo Ferreira da Costa, no cargo desde 2015.

Nos restantes quatro museus, mantêm-se os diretores: a museóloga Dóris dos Santos, no Museu Nacional do Traje, o historiador António Ponte, no Museu Soares dos Reis e Casa-Museu Fernando de Castro, o arqueólogo e investigador Vítor Dias, no Museu Nacional de Conímbriga, e a museóloga Aida Rechena, no Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche.

As escolhas para estes equipamentos de Lisboa, Porto, Conímbriga e Peniche resultam de seis concursos internacionais de um total de 37 que decorreram este ano, lançados pela Museus e Monumentos de Portugal (MMP).

Atualmente na direção de cultura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o arqueólogo e museólogo Gonçalo de Carvalho Amaro vai ocupar a direção do Museu Nacional de Etnologia e do Museu de Arte Popular, em Lisboa.

Licenciado em História, doutor em Arqueologia, com pós-doutoramento em Estudos do património e cultura material, desenvolveu trabalho de campo e investigação nas áreas da arqueologia, museologia, património e desenvolvimento social, e é também professor convidado na Pontificia Universidad Catolica do Chile.

Rita Dargent, atual coordenadora do Departamento de Coleções em Reserva do Museu Nacional dos Coches e Picadeiro Real, em Lisboa, irá assumir a direção deste museu, de cuja equipa faz parte desde 2012.

Licenciada em Artes Decorativas e mestre em Museologia e Museografia, pela Faculdade de Belas Artes, Rita Dargent foi responsável pelas operações de deslocação do acervo para o novo edifício.

Anteriormente, Rita Dargent trabalhara no Palácio Nacional da Pena e no Palácio Nacional de Sintra, especializando-se nas áreas de gestão, conservação preventiva, estudo e inventariação de coleções.

Estes seis concursos, lançados entre setembro e outubro, contaram com um total de 48 candidatos – de Portugal, Espanha, Itália, Venezuela, Brasil e Equador -, os quais foram avaliados por júris compostos por elementos nacionais e estrangeiros, incluindo académicos, investigadores e especialistas nas áreas da cultura, património e museologia, assim como representantes de associações profissionais do setor, indica a MMP.

Os mandatos dos novos diretores serão exercidos em regime de comissão de serviço com a duração de três anos, até dezembro de 2027.