O bilionário Elon Musk retirou este domingo o apoio a Nigel Farage. O sul-africano naturalizado norte-americano diz que o partido britânico Reform UK precisa de outro líder, depois de ter pedido a libertação do radical Tommy Robinson.
“O partido reformista precisa de um novo líder. Farage não tem o que é preciso”, escreveu Elon Musk na rede social X, da qual é proprietário, sobre Nigel Farage. Farage é ícone do Brexit e líder do partido anti-imigração Reform UK.
O bilionário, que tem sido acusado de interferir na política europeia, multiplicou nos últimos dias comentários sobre a política britânica, atacou o Governo do trabalhista Keir Starmer e pediu a libertação do ativista de extrema-direita Tommy Robinson, fundador de um movimento anti-imigração e antimuçulmano.
Farage disse recentemente que estava em “negociações” sobre o financiamento do seu partido, após um encontro com o também dono da Tesla em Mar-a-Lago, na Florida, residência do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de quem Musk é próximo.
Este domingo, em resposta aos comentários a seu respeito feitos por Musk, Farage afirmou que são “uma surpresa” e que, embora considere “Elon uma pessoa notável”, não concorda com ele. “Continuo a pensar que Tommy Robinson não é bom para o Reform UK e nunca desisto dos meus princípios”, acrescentou o líder partidário,
Farage sempre manteve distância da linha mais radical de Tommy Robinson, várias vezes detido e condenado no final de outubro a 18 meses de prisão por violar uma ordem judicial de 2021 que o proibia de repetir comentários difamatórios sobre um refugiado sírio.
Elon Musk amplificou a retórica anti-imigração de Donald Trump na campanha presidencial norte-americana, defendeu novas eleições no Reino Unido, apoiou o partido de extrema-direita alemão AfD e mostrou o seu entusiasmo pela chefia do Governo italiano por Giorgia Meloni.