Decorreu no passado dia 11 de Janeiro a manifestação contra o racismo e a xenofobia designada ‘Não nos encostem à parede’. Foi convocada na sequência das imagens de dezenas de imigrantes encostados às paredes dos prédios devido a uma operação policial, em dezembro do ano passado, na rua do Benformoso, perto do Martim Moniz. Dirigentes dos partidos de esquerda – PS, BE, PCP, PAN e Livre – também se juntaram à manifestação.
Mas rusgas como a que deu origem a estas imagens sempre existiram, com portugueses encostados à parede tal como muitos imigrantes agora o foram, no que é uma prática policial normal, que visa minimizar a possibilidade de confrontos e riscos para os agentes das forças de segurança. Nunca os partidos de esquerda se opuseram à realização de rusgas, como no passado estas ocorreram durante a vigência não só de governos de direita como também de governos de esquerda. Constata-se assim que para os partidos de esquerda encostar portugueses à parede é normal, nunca se opuseram a isso, mas se em vez de portugueses forem imigrantes, então é racismo e xenofobia. Ou seja, para os partidos de esquerda, tratar os imigrantes como se tratam os portugueses, é racismo e xenofobia. Ou seja, esta adjetivação é apenas um jogo de palavras em que os que defendem a discriminação com base na origem ou cor da pele acusam os que não concordam com esta atitude de serem racistas e xenófobos, descredibilizando por completo estas acusações aos olhos dos cidadãos comuns. Assim, esta adjetivação deixa de constituir uma acusação para, neste contexto, ser um elogio, e estimula quem quer justiça, igualdade e democracia, a votar em partidos que os partidos de esquerda designam de xenófobos e racistas. Ou seja, grande parte da esquerda que temos, além de racista e hipócrita, é estúpida. O Chega agradece as acusações de racismo e xenofobia, ou seja, o forte apoio que a esquerda lhe dá (PS incluído).
