Durante uma década, milhares de meninas inglesas foram violadas por pedófilos de origem paquistanesa ou seus descendentes. Islâmicos. Porém, o governo, a polícia, os magistrados – entre os quais Keir Starmer – encobriram os abusos com o nobre objetivo de evitar o preconceito contra os emigrantes, a islamofobia e o avanço da extrema-direita.
Na Suécia, o número de violações e crimes disparou com a chegada de emigrantes, e desta vez foi a comunicação social que se autocensurou com o mesmo objetivo nobre de prevenir a islamofobia e o crescimento da extrema-direita.
A restante imprensa ocidental decidiu também que qualquer atentado terrorista perpetrado em nome do Islão começará por ser considerado não terrorista; depois, talvez obra de um deficiente mental; e, só então, quando já não for possível negar a evidência, rebentará a verdade.
À primeira vista, este encobrimento do crime e esta censura de notícias parecem mais próprios de uma ditadura, ou de um potentado da Mafia, do que de uma democracia. Assim como a atitude daqueles que toleraram o abuso de menores ou daqueloutros que sonegaram a verdade às populações também se assemelha mais à postura de escroques do que de gente respeitável.
Mas não nos precipitemos. Porque em política aquilo que parece, não é.
Em primeiro lugar, sempre houve assaltos, violações e homicídios. Por isso, é normal que continue se continue a estuprar crianças, a dar facadas em adultos e pôr uma bombinha de vez quando. E além desta saudável continuidade histórica, podemos ainda estabelecer comparações positivas: o que é tudo isto comparado com o Holocausto? Nada, obviamente.
Moralmente, o caso da tolerância com pedófilos paquistaneses ou a censura de crimes envolvendo emigrantes islâmicos está resolvido. Mas falta ainda parabenizar este bando de bravos jornalistas que filtraram estas notícias. Porque eles sabem que o povinho, coitadinho, é um bocado burrinho e não têm capacidade de distinguir as nuances complexas entre o bem e o mal.
Provavelmente, violar crianças não lhes faz bem – é preciso analisar caso, a caso. Provavelmente, levar uma facada não é agradável – é preciso perceber as circunstâncias da suposta agressão. Ou seja, tudo isto é relativo, sobretudo quando não se trata dos nossos filhos, pais e irmãos.
O que é realmente gravíssimo é o crescimento da extrema-direita. O aumento de deputados do Chega e a vitória de Meloni em Itália são o prenúncio do Apocalipse. O artigo de Elon Musk sobre a rede de pedofilia paquistanesa é quase tão mau como o Holocausto.
Portanto, é isto que deve ser discutido e não alguns excessos que uns poucos milhares de emigrantes estão a cometer porque se sentem ameaçados por minissaias, decotes e lábios pintados. É preciso compreender que um homem que considera as mulheres animais bravios, fica traumatizado quando as vê à solta. A Europa da Liberdade, da Democracia e dos Direitos Humanos pode bem com uns casitos de pedofilia, uns crimezinhos sem importância e umas bombitas.
Só não pode com a verdade.
Escritor