A exposição Living Van Gogh 2024 pretende oferecer ao visitante uma experiência imersiva no mundo do artista holandês. Através de uma perspectiva 360.º com mais de 150 pinturas, sons e efeitos luminosos, o espectador é transportado para as obras de Van Gogh ao longo de seis instalações interativas.
O universo do pintor pós-impressionista, que vai desde paisagens ensolaradas aos seus retratos, está em destaque na exposição patente na Mãe d´Água das Amoreiras, em Lisboa, com representações de obras como Girassóis (1887), Autorretrato com chapéu de feltro (1988), Quarto em Arles (1889) e A Noite Estrelada (1889).
A exposição permite ao visitante colocar-se na “pele” de Van Gogh, participar em atividades como criar uma pintura digital de uma paisagem de Arles (cidade em que o artista escolheu viver, numa espaçosa casa amarela localizada na Rue Lamartine), posar no quadro recriado de Van Gogh e contribuir para uma pintura participativa.
Com assinatura do artista visual Massimiliano Siccardi, a exposição inclui um espetáculo multimédia que funde as obras do pintor com música, esculturas luminosas e efeitos de luz.
Vicent Van Gogh era o mais velho de seis irmãos. Filho de um pastor calvinista, a sua infância foi marcada pela melancolia e solidão.
A genialidade de Vincent Van Gogh andava a par com a sua delicada saúde mental, marcada por diversos esgotamentos que antecederam a sua morte precoce aos 37 anos. A 23 de dezembro de 1888 deu-se a famosa automutilação, com Van Gogh a cortar com uma lâmina a sua orelha esquerda. O episódio é o primeiro de uma série de eventos que ilustram a condição psiquiátrica instável do génio do impressionismo, a quem foram diagnosticadas doenças como epilepsia, distúrbio bipolar, esquizofrenia e alcoolismo.
Em maio de 1889, Van Gogh pediu ao irmão que o internasse, tendo transformado o seu quarto no Hospital de Saint-Rémy-de-Provence num “atelier”, onde produziu mais de duzentas obras, tendo pintado quadros icónicos como A Noite Estrelada.
O pintor acabaria por tentar o suicídio, em Auvers-sur-Oise, a 27 de julho de 1890, com uma bala no peito, vindo a falecer dois dias depois.
Van Gogh vendeu apenas uma pintura em vida, A Vinha Vermelha (1888).
Harry Potter em concerto
Amanhã, 15 de fevereiro, às 20h30, na MEO Arena, a magia de Harry Potter chega em mais um filme-concerto.
A Orquestra Filarmonia das Beiras interpretará ao vivo a partitura que Alexander Desplat compôs para Harry Potter e os Talismãs da Morte enquanto o filme é reproduzido na íntegra num ecrã em alta definição.
Desde a estreia mundial dos filmes-concertos da saga em 2016, com Harry Potter e a Pedra Filosofal em concerto, mais de 3 milhões de espectadores desfrutaram desta experiência cinematográfica, que encerra agora com a exibição do oitavo e derradeiro filme da série.
O compositor Alexandre Desplat viu o seu trabalho com a banda sonora deste filme indicado para os prémios Grammy e venceu o BMI Film&TV Award bem como o World Soundtrack Award de Melhor Banda Sonora.
Os sete livros da saga escrita por J. K. Rowling foram adaptados ao cinema, tendo dado origem a oito filmes.
O caso de Gisèle Pelicot e ‘Os Homicídios de Are’
Na plataforma de streaming MAX estreou The Pelicot Rape Case (12 de fevereiro), um documentário sobre o caso de Gisèle Pelicot, a francesa que durante quase uma década foi drogada e abusada pelo seu marido Dominique Pelicot sem ter conhecimento. Durante esse período, o marido convidou dezenas de outros homens para a violarem. Gisèle partilha com o mundo a sua vida, num filme que examina os crimes de uma perspetiva psicológica, jurídica e cultural e que questiona como é que estes crimes puderam não ser denunciados durante tantos anos.
Já o novo mistério sueco da Netflix – Os Homicidios de Are –, gira à volta de Hanna Ahlander, uma agente da polícia que foi suspensa do trabalho e cujo companheiro acabou de a deixar. Para mudar de ares, Hanna vai viver com a irmã para outra cidade, onde se depara com o caso do desaparecimento de uma jovem. Hanna oferece a sua experiência à polícia local que, face à falta de recursos humanos com que se depara, acaba por aceitar a ajuda.