1. Donald Trump foi ao Médio Oriente fazer negócios, disse o coro concupiscente de comentadores. Foi, de facto, Trump faz negócios em todas as oportunidades. São a adrenalina de que precisa para funcionar. Mas foi fazer algo muito mais importante, para o MO e o mundo: selar o acordo para acabar com o alimento da ameaça islamista.
2. Os ayatollahs podem pôr as barbas de molho. A tirania teocrática nazi que sequestrou a Pérsia está por um fio. Os Estados Unidos de Biden, a Arábia Saudita e Israel, com o assentimento geral dos estados árabes, tinham tudo acordado e preparado para um ataque militar. O pacto entre os EUA e a Arábia Saudita assinado em 14 de fevereiro de 1945 a bordo do USS Murphy, atracado no Grande Lago Amargo, no Egito. por Roosevelt e Ibn Saud, o fundador do reino saudita – petróleo em troca de apoio político e militar -, honrado pelas duas partes, foi agora alargado. Só faltava ser assinado.
A chacina nazi de 7 de Outubro foi ordenada pelo Irão para o impedir o estabelecimento iminente das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e Israel, Mas só as adiou.
3. Com Trump, que parece não gostar de se meter em conflitos armados, o que mudou foi o modo da operação. O regime iraniano ruirá por dentro, como caiu na Síria o regime de Assad. Por isso de nada valerá aos ayatollahs o pacto assinado com a Rússia. As negociações em curso entre os EUA e o Irão não chegarão a bom porto, são apenas, portanto, um artifício de Trump.
4. A prenda do avião a Trump, que tanto excitou as comentadoras, foi, afinal, uma mensagem. A mensagem de que o Qatar não será obstáculo, nem problema, para os desígnios do Presidente americano e o que está em curso.
5. Com o fim regime iraniano, com a eliminação da víbora e do seu ninho, o Hamas, o Hezbollah, e os Houthis desaparecerão, o Iémen apagar-se-á e poderá finalmente haver uma solução para Gaza e a Palestina, a paz e a modernização no Médio Oriente e a contenção do terrorismo islâmico no mundo. Um resort turístico na faixa de Gaza? De Trump tudo, todos os negócios, se podem esperar.
6. Muita coisa se pode pensar e dizer sobre o Presidente americano, exceto, com credibilidade, que seja burro. A centena de medidas que tomou nos primeiros dias do seu mandato e os efeitos que teriam foram seguramente, como era mais do que óbvio, pensadas e decididas muito antes de ter sido eleito.