A ‘islamização’ do PS

A violência doméstica é crime público? Os islâmicos que residem em Portugal estão sujeitos a essa lei? Se estão, então o uso da burqa mesmo na esfera privada deve ser também passível de criminalização, quando houver notícia de que se verifica.

1. Não são necessárias justificações securitárias para votar contra o uso da burqa. Do mesmo modo também não é por o seu uso ser entre nós numericamente muito reduzido que deve ser ignorada tal prática. Vota-se contra a burqa por ser uma prática e um artefacto monstruoso. Tal como se votaria contra a prática de sacrifícios humanos. É um voto e uma afirmação moral e civilizacional.

A violência doméstica é crime público? Os islâmicos que residem em Portugal estão sujeitos a essa lei? Se estão, então o uso da burqa mesmo na esfera privada deve ser também passível de criminalização, quando houver notícia de que se verifica.

2. A burqa, imposta nas versões mais retrógradas e fanáticas do Islão, é um meio, um ‘instrumento’ para a inferiorização, a submissão, a exploração, a servidão da mulher. Um símbolo da humilhação e da violência contra as mulheres.

 «Ao deixar apenas uma fenda para os olhos, nega-se à mulher o campo de visão, a expressão e, sobretudo, a identidade. Na nossa cultura, o rosto é a marca da pessoa, o sinal visível da dignidade individual. A burqa apaga-o. Transforma o ser humano numa sombra».

A burqa não é um vestimenta, uma tradição, uma moda irrelevante. A burqa é ‘uma prisão’. Uma manifestação de opressão, uma tortura, uma crueldade sádica. Uma visão fantasmagórica.

3. Alguém com o passado, as convicções, os valores e ideais proclamados por José Luís Carneiro deveria sentir horror perante a burqa. Como pode, então, ter votado contra a lei que a quer interditar na nossa Terra, afirmar essa declaração de princípio?

Na verdade, José Luís Carneiro não votou contra a interdição da burqa. Nem votou mesmo por submissão ao ideário fanático da extrema esquerda, que capturou ideologicamente o que resta do PS. José Luís Carneiro votou pura e simplesmente contra o Chega. Não percebendo que a realidade mudou e que o tempo e o modo de fazer política mudaram com ela.

Ao votar pela burqa o PS votou sobretudo contra o sentimento e a razão das pessoas comuns, digo mesmo das pessoas normais, das pessoas que não se deixam cegar pela ideologia e o ódio político. Pessoas que farão cada vez mais a diferença nas escolhas do país. Colocando-se do lado da barbárie, José Luís Carneiro desceu ao nível político e moral do BE, dando um contributo, como eu não esperava que desse, para o irreversível afundamento em curso do PS.

O melhor presente oferecido
a André Ventura nas eleições que se avizinham seria o Tribunal Constitucional ou outra ‘secretaria’ qualquer inviabilizarem a lei que interdita o uso da burqa.