Fátima: Milhares peregrinam a pé em direcção ao santuário

Milhares de pessoas caminham a pé em direcção ao Santuário de Fátima para participarem na peregrinação internacional de 12 e 13 de Maio, que será presidida pelo patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal.

O Serviço de Peregrinos do Santuário de Fátima prevê que até terça-feira, dia 13 de Maio, 30 mil pessoas se desloquem a pé até ao maior templo mariano do país, tendo apoio, ao longo de vários percursos, de 1.750 voluntários distribuídos por 72 postos de assistência e, ainda, em diversas equipas itinerantes.

A GNR tem, também, desde segunda-feira, uma operação para garantir a segurança dos peregrinos que se deslocam a pé para Fátima.

Numa primeira fase, o policiamento será orientado para as estradas utilizadas pelos peregrinos que se deslocam a pé para Fátima e zonas envolventes ao santuário, enquanto na segunda fase a operação visa garantir a segurança dos fiéis naquela cidade.

A abertura oficial da peregrinação está marcada para as 18h30 de segunda-feira, na Capelinha das Aparições, encerrando com a missa, seguida da procissão do adeus, na manhã de terça-feira, no recinto do santuário.

Até à manhã de quinta-feira, inscreveram-se para a peregrinação 100 grupos de fiéis, oriundos de 24 países, sendo os mais representados Portugal, Itália, Polónia, Reino Unido e Alemanha.

Em entrevista à sala de imprensa do santuário, o patriarca latino de Jerusalém afirmou que Fátima "é um sinal incontestável do poder de Maria na história da humanidade", adiantando que irá "apresentar a Nossa Senhora as súplicas dos seus filhos do Médio Oriente e as dos seus filhos de todo o mundo" e pedir "pelas necessidades dos cristãos e de todos os habitantes da sua pátria, a Terra Santa".

Fouad Twal adiantou que nesta ocasião deseja, também, "chamar todos os cristãos do mundo e todos os bispos a sentirem-se co-responsáveis pela comunidade cristã da Terra Santa e por todo o Médio Oriente, pela sua existência e pelo seu futuro".

Sobre a visita do papa à Terra Santa, de 24 a 26 de Maio, o patriarca salientou que Francisco se desloca "como peregrino da paz e da unidade" e pediu, como gestos concretos para assinalar a visita do chefe de Estado do Vaticano, "liberdade total de acesso aos locais sagrados para todos os crentes das diferentes comunidades" e "liberdade para que as famílias, aquelas que vivem separadas pelo muro, possam encontrar-se com os seus".

Destacando que "o Médio Oriente está em chamas", Fouad Twal referiu, na mesma entrevista, que o mundo "não encontrará a paz nem a graça se não se esforçar por colocar em prática o que Nossa Senhora pediu, conversão, oração, sacrifício, reparação".

A 5 de Janeiro, o papa Francisco anunciou a viagem à Terra Santa, numa peregrinação que inclui Belém, Jerusalém e também Amã, capital da Jordânia.

"O objectivo principal será o de comemorar o histórico encontro entre o papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras (de Constantinopla), que teve lugar exactamente a 5 de Janeiro de há 50 anos", disse o papa.

Já este mês, o Vaticano anunciou que um rabino e um professor muçulmano, os dois da Argentina, vão acompanhar o papa nesta viagem.

Lusa/SOL