20 dicas para criar um negócio no Facebook

Amigos, amigos, negócios no Facebook à parte. Para além das amizades criadas nesta rede social, são muitos os utilizadores que encaram este meio como uma plataforma de vendas. No entanto, é difícil saber como agir, como promover e alcançar o máximo de ‘clientes’ possível.

O SOL falou com algumas pessoas que usam esta página como um meio para fazer negócio e pediu-lhes que dessem algumas dicas para alcançar o sucesso.

Susana é a dona da Pituka Estética, um negócio que começou no Facebook e que já se expandiu para um ‘salão físico’. Para si, esta rede social serve para “apresentar todos os serviços” que prestam, explicando que “60% das marcações são feitas através do Facebook”.

Existem dois ‘segredos’ muito simples para esta ascensão – que culminou na abertura da sua própria loja:

1 – Publicar a informação “de forma curta, mas clara”;

2 – “Acompanhar as publicações com fotografias. Devemos mostrar um pouco do que fazemos, os clientes gostam disso”.

Os Mimos do Corpo é outra página, que Mara Oliveira criou para vender sabonetes artesanais. E dá algumas dicas muito simples para conseguir ter uma página bem sucedida: 

3 – “O que mais se deve ter em conta é a aparência, a qualidade e detalhe de cada trabalho, no que diz respeito às fotografias e aos vídeos”;

4 – É importante a “objectividade nas informações dos produtos”;

5 – E “disponibilidade, boa disposição e actualização, sempre!”

Mas há quem vá mais longe. Mafalda Vilaça, educadora infantil desempregada e criadora de Maria Tatá, uma página que vende “bonecas, lembranças para a maternidade, baptizados e comunhões”, acredita que a criatividade é essencial. Explica que através do Facebook “consegue-se rapidamente dar a conhecer um negócio”, uma mais-valia para quem tem como lema ‘tempo é dinheiro’. E, para atrair potenciais clientes, considera que existem princípios indispensáveis à divulgação de uma marca:

6 – “Apresentar ideias criativas e tentar perceber o que o mercado pretende”;

7– “Ter poder de iniciativa e perseverança e não desistir às primeiras dificuldades que possam surgir ao longo do percurso”; 

8 – “Criar uma rede de contactos para expandir o produto. Não só de um modo informal, através da família e dos amigos, mas também mais formal, com a participação em eventos”;

9 – “Responder sempre às mensagens que nos vão deixando na página”.

Já no ArtesaNáto da Ná, um ‘posto de venda virtual’ de porta-moedas, clutches, porta-óculos, capas para tablets e outros artigos, gerido por Fernanda Venâncio, mãe de quatro jovens, a segurança e o perfeccionismo são questões essenciais. Com um negócio bem-sucedido e artigos vendidos para Angola, Líbia, Turquia ou Brasil, Fernanda deu ao SOL as suas ‘regras’ para ter uma página apelativa: 

10 – “Nunca promover peças mal executadas. É preferível fazer pouco, mas bem feito”;

11 – “Nunca enviar as peças sem antes ter recebido o pagamento. Deverá ter sempre parte do valor da mesma, pois o cliente pode mudar de ideias e, se for uma encomenda personalizada, pode ser difícil vendê-la a outra pessoa”;

12 – “Não comparar preços com outros artesãos [ou com outras pessoas que tenha uma página semelhante à sua]. Cada um deve saber avaliar o seu trabalho, não é por alguém fazer um preço mais baixo que nós temos que o praticar também”;

13- “Ser original e nunca copiar as peças dos outros”.

Com mais de 130 mil ‘gostos’, a HomeLovers é um êxito no Facebook. Para os administradores desta página tão bem sucedida e com tanta projecção, apesar de funcionar apenas de forma virtual, “o mais importante acaba por ser transversal a todos os negócios: Acreditar verdadeiramente no projecto que se tem em mãos”, explicou Magda Tilly, uma das fundadoras do projecto. Mas existem também aspectos práticos: 

14 – “Não esquecer que a comunicação numa rede social não deve ser igual à de um site, nem de um blog, e este erro é repetido várias vezes. [A linguagem] tem que ser única, adaptada ao meio imediato do Facebook, que é extremamente rápido a chegar ao destinatário, assim como a ter uma resposta do outro lado, que pode ser através dum comentário, de uma partilha ou simplesmente de um gosto”;

15 – “É importante ser próximo, sem ser intrometido”;

16 – “Nunca deixar uma pergunta sem resposta”;

17- “Não cansar os nossos ‘likers’ com publicações de 5 em 5 minutos”;

18 – “Fazer uma boa gestão de reclamações e dar-lhes sempre o devido seguimento”;

Para finalizar, Teresa,  a criadora dos personalizados Bolos da Teresinha, revela que segue dois princípios essenciais para manter a sua página actualizada e os seus seguidores com água na boca: 

19 – “Fazer publicações diariamente”;

20 – “Promover a interacção dos nossos ‘fãs’ com a página, que dêem opiniões, pois só assim é que ela vai ‘mexendo’ e tendo visualizações”.

No entanto, há quem não encare o Facebook como uma boa plataforma de vendas, mas apenas como um meio de divulgação. Para Teresa Gonçalves e Anabela Ribeiro, por detrás da Mercearia Lusa, um negócio de “produtos portugueses, criados por pequenos produtores”, o mais importante é ter um site de vendas online.

“A generalidade das pessoas não sente confiança suficiente para adquirir produtos a empresas que vendam exclusivamente através do Facebook”, consideram. Como era difícil encontrar um espaço “que preenchesse os requisitos de localização, área e custo”, a melhor opção para vender os seus produtos foi a criação de um site.

No entanto, o Facebook foi uma boa ‘rampa de lançamento’, pois foi através desta rede social e das suas estatísticas que perceberam “o perfil do público-alvo” do seu negócio.

Assim, Teresa e Anabela dão apenas um conselho: a utilização do Facebook apenas “como forma de divulgação e não como uma plataforma de vendas, que devem ser feitas através de uma loja online ou física”.

No entanto, esta última hipótese é inacessível à grande maioria das pessoas e a ideia de um site, que acaba por sair mais em conta, também não exclui um investimento financeiro, mesmo que reduzido. Para quem procura uma forma de começar um negócio sem qualquer tipo de orçamento fixo e o encara como um ‘hobbie’ ou como uma fonte de rendimento extra, o Facebook acaba por ser uma opção a considerar, pois não implica qualquer tipo de gastos prévios.

Se está a pensar em abrir uma página no Facebook, analise todas estas ‘dicas’ e tente aplicá-las no seu futuro negócio. Já foram testadas e comprovadas!

joana.alves@sol.pt