Malaysia Airlines vai reembolsar passageiros que queiram alterar ou cancelar voos

A Malaysia Airlines anunciou que vai reembolsar na totalidade os clientes que desejem cancelar os bilhetes, depois de na quinta-feira um avião da sua frota ter caído no leste da Ucrânia e de outro ter desaparecido há quatro meses.

Malaysia Airlines vai reembolsar passageiros que queiram alterar ou cancelar voos

Os passageiros podem alterar ou cancelar sem qualquer penalização financeira, até quinta-feira, os bilhetes reservados para voos a realizar até 31 de Dezembro, informou a companhia aérea malaia.

"À luz do caso do voo MH17, a Malaysia Airlines não haverá quaisquer taxas de alteração para os passageiros que desejem mudar o seu itinerário para qualquer destino", refere a nota. 

"Os passageiros que desejem adiar ou cancelar o seu bilhete serão reembolsados, incluindo aqueles que tinham comprado bilhetes não reembolsáveis", acrescenta.

O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur sob o número MH17, caiu na quinta-feira na região leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo, depois de, alegadamente, ter sido atingido por um míssil que a comunidade internacional diz ter sido disparado pelos rebeldes pró-russos.

A 8 de Março, outro Boeing 777 da Malaysia Airlines desapareceu dos radares quando fazia a ligação Kuala Lumpur-Pequim, com 239 pessoas a bordo.

A companhia informou em Maio que o desaparecimento do voo MH370 teve um "efeito dramático" sobre os resultados do primeiro trimestre, com os múltiplos cancelamentos a agravarem as perdas da transportadora nacional pública. 

Só no primeiro trimestre deste ano, os prejuízos da Malaysia Airlines totalizaram 443 milhões de ringgits (102,9 milhões de euros). 

Na sexta-feira, um dia depois da queda do avião no leste da Ucrânia, as acções da Malaysia Airlines caíram quase 18% no início da negociação na bolsa de Kuala Lumpur.

As perdas totais da transportada de bandeira da Malásia já tinham sido elevadas a 1,3 mil milhões de dólares (960 milhões de euros) nos últimos três anos. 

Lusa/SOL