O regresso da Motorola

O Vintage Lisboa Hotel, em plena capital alfacinha, foi o palco do regresso da Motorola ao mercado nacional. É uma marca com história, que cresceu, caiu e soube erguer-se, agora sobre a égide do grupo Lenovo. 

A apresentação esteve a cargo do director geral da Motorola Ibéria, Juan Carlos de la Vela, que, mais que divulgar as novas apostas, mostrou uma marca renovada que vive dias entusiasmantes e cheios de expectativas para 2015. 

Prova disso são alguns números que ficaram no ar. De destacar os 10 a 15% de mercado que pretendem alcançar já no próximo ano. Mas também teve a seu cargo a apresentação dos dispositivos. Três apostas próprias e uma joint venture para diferentes segmentos, mas seguindo a mesma filosofia: dispositivos fluidos, aliando desempenho à melhor qualidade/ preço.

O Moto X foi a primeira revelação.  É um smartphone topo de gama, um equipamento com 5.2"  de ecrã AMOLED FullHD, onde a quase ausência de moldura confere um aspecto maximizado. A traseira é maravilhosa e muito pouco usual. Ao invés do habitual plástico, imitação ou mesmo alumínio, este X vem com uma traseira em bambu. Sim, bambu, não uma cópia ou impressão, mas bambu verdadeiro, o que assenta bem, tem bom tacto e acima de tudo, se destaca no aspecto. 

Em alguns mercados também estarão disponíveis em pele verdadeira ou em diferentes tipos de madeira, havendo a intenção de essas versões chegarem a território nacional. No campo de desempenho conta com um processador Snapdragon 801, um GPU Adreno 330 e 2 GB de RAM. Estará no mercado no início de Dezembro e com valores a rondar os 549€.

O Moto G é o seu novo best seller e a estrela da companhia. É um smartphone para jovens (e não só) que preza a oferta, desempenho e  qualidade. E para isso vale-se do seu preço versus oferta. Um ecrã de 5", resistência à água, processador quad-core, slot para cartão microSD e dual-sim, além de um design apelativo, personalizável e cheio de cores são algumas das suas maiores virtudes. Vale-se ainda da sua qualidade sonora na reprodução musical e na autonomia da bateria. O valor de 199€ promete convencer, sendo que cada capa (Moto shell) terá um valor aproximado de 15€.

O relógio inteligente da marca, Moto 360 não poderia faltar. Arrecadou atenções, e corações, quando foi apresentado ao mercado. Redondo (foi pioneiro na forma) funciona com o Android Wear desenhado pela própria Motorola e é compatível com qualquer Android (a partir da versão 4.3). O ecrã LCD de 1,5'' é sensível ao toque e permite receber e responder a mails e sms, além de receber actualizações em tempo real. 

Este 360 permite até fazer perguntas sobre tempo ou pedir direcções, além de possibilitar o controle sobre aplicações como o Spotify ou o WhatsApp. A sua bracelete em pele é suave e ao mesmo tempo robusta, numa perfeita sintonia com o corpo metálico que lhe confere um aspecto fantástico. Um design minimalista mas elegante. E personalizável: em qualquer relojoaria se pode trocar as braceletes, totalmente compatíveis com as outro qualquer relógio. A bateria tem uma duração de dia e meio, com uso normal. Estará disponível a um valor de 249€.

Por fim foi mostrado o Nexus 6, o dispositivo 'mais' Android do mercado que é uma parceria entre a Motorola e a Google. No ar ficou a promessa de este smartphone chegar ao mercado nacional.

Ponto comum nestes Motorola é o sistema, com a interface totalmente desenhada e optimizada. O Android é puro, simplista e estilizado, numa tentativa de maximizar o desempenho. Diferentes opções para uma melhor atenção ao consumo de bateria (no modo Smart Power Use), uma melhor apresentação de  notificações, diferenciação entre perfil de utilizador e convidado, modos personalizáveis de bloqueio e até encriptação de disco. Contam também com os modos Moto Voice, Moto Assist, Moto Display e Moto Actions, funções e modos próprios desenvolvidos pela marca para assistir o utilizador.

A chegada ao nosso mercado é o resultado da parceria com a Techdata.

oscar.rocha@sol.pt