Condenado a 21 anos de prisão por matar brasileira em Braga

O Tribunal de Braga condenou esta tarde a 21 anos de prisão em cúmulo jurídico, por um crime de homicídio qualificado e profanação de cadáver, o jovem acusado de ter morto a sua antiga namorada, de nacionalidade brasileira, em Outubro de 2013.

No julgamento, o arguido, Pedro Vieira, negou sempre ter sido ele quem matou Mayara Maldonado. A jovem desapareceu no dia 11 de Outubro de 2013 (o corpo seria encontrado três meses depois, numa serração), após ter-se avistado com o ex-namorado, que segundo as juízas, denotou “qualquer ausência de arrependimento”: “A sua conduta é gravíssima”.

O Tribunal concluiu que “houve uma total frieza de ânimo e ausência de respeito pela dignidade da vítima”, sendo o crime “gerador de grande alarme social”, pelo que se impunha “condenação vigorosa”, destacou a juíza-presidente, Patrícia Madeira. Durante as audiências várias testemunhas – entre as quais e o melhor amigo e colegas de trabalho do arguido – revelaram que na ocasião Pedro Vieira confessou “ter feito uma asneira”, dizendo “ter morto a Mayara”. Segundo as testemunhas, explicando até “como a matou”.

“As declarações do arguido no julgamento não nos mereceram qualquer credibilidade”, salientou hoje na leitura do acórdão condenatório, a juíza-presidente, Patrícia Madeira, acrescentando “haver uma ambiguidade de sentimentos do arguido em relação à vítima” e com a qual tivera um forte relação afectiva.

“O arguido apesar de negar a autoria do crime, admitiu ter estado com a vítima no dia do crime”, salientaram esta tarde as juízas durante a leitura do seu veredicto. Referiram que “o arguido ludibriou a vítima” ao atraí-la para o local do crime, um local ermo numa antiga serração perto de casa do filho do autarca bracarense. Mayara foi morta por asfixia, após sofrer três tiros.

O advogado Artur Marques, defensor do arguido, anunciou que vai recorrer do acórdão condenatório para o Tribunal da Relação de Guimarães.