Familiares assinalam primeiro aniversário da morte de jovens no Meco

Familiares dos jovens que morreram a 15 de Dezembro de 2013 na praia do Meco assinalam segunda-feira o primeiro aniversário da tragédia com uma missa e uma visita ao local para colocação de placas com o nome das vítimas.

Familiares assinalam primeiro aniversário da morte de jovens no Meco

António Soares, pai de Ana Catarina Soares, uma das alunas da Universidade Lusófona que morreu na praia do Meco, disse à Lusa que o desaparecimento dos seis jovens será assinalado no próximo dia 15, pelas 15:00, com a celebração de uma missa na capela de Alfarim.

A cerimónia religiosa terá lugar no dia em que se completa um ano sobre a morte dos seis jovens, que, de acordo com o único sobrevivente da tragédia, terão sido arrastados por uma onda de grandes dimensões quando se encontravam perto da linha de água, na praia do Meco, concelho de Sesimbra, no distrito de Setúbal.

No mesmo dia, os familiares dos jovens vão colocar placas de madeira com o nome dos seis jovens levados pelo mar a poucos metros do local onde ocorreu a tragédia. No mesmo local, em data a anunciar, deverá ser também colocado um memorial do escultor João Cutileiro.

Os familiares dos seis jovens e o advogado que os representa, Vítor Parente Ribeiro, continuam, entretanto, a aguardar pela decisão do Tribunal da Relação de Évora sobre o incidente de recusa do juiz de instrução do processo.

O inquérito instaurado na sequência da morte dos seis alunos da Universidade Lusófona de Lisboa tinha sido arquivado pelo procurador do Ministério Público do Tribunal da Almada.

Inconformado com o arquivamento, o advogado que representa as famílias decidiu pedir a abertura de instrução, pretensão que foi acolhida por um juiz do Tribunal de Setúbal.

No passado mês de Novembro, Vítor Parente Ribeiro avançou com um incidente de recusa do juiz de instrução do processo, por alegada proximidade entre este magistrado e o procurador da República que arquivou o inquérito.

Os familiares dos seis jovens continuam a acreditar que a investigação sobre o caso "ficou pela rama" e dizem ter muitas dúvidas quanto à versão contada pelo único sobrevivente e única testemunha, o `dux´ da Universidade Lusófona, João Gouveia, que só foi constituído arguido com a abertura da instrução do processo.

Lusa/SOL