Portugueses nunca enviaram tão poucas cartas

Os portugueses estão cada vez mais adeptos da era digital. E a contínua queda do tráfego postal é um dos efeitos

No terceiro trimestre deste ano o tráfego total dos serviços postais caiu 3,7% em comparação com o segundo trimestre de 2014. Tendo em conta o trimestre homólogo a queda aumenta para 4,2%, segundo os dados divulgados hoje pelo regulado do sector (Anacom).

Em média, foram enviados 19,9 objectos postais por habitante nos últimos três meses do ano, menos 0,8% face ao mesmo período de 2013. Aliás, de acordo com a Anacom, é o valor mais baixo de capitação postal registado até ao momento.

Do total de objectos distribuídos pelo serviço postal, 95,5% destinaram-se ao mercado nacional, enquanto os restantes 4,5% tiveram como destino outros países.

«Cerca de 80,3% do tráfego postal diz respeito a correspondências, 7,6% corresponde a publicidade endereçada e 7,5% a correio editorial. As encomendas representam 4,6% do tráfego total», detalha a Anacom.

As receitas provenientes dos serviços postais totalizaram 167,5 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de m 2,7% em comparação ao terceiro trimestre de 2013.

Já a receita média por objecto aumentou 1,6 %.

Os CTT continuam a liderar o sector com uma quota de 94,7%.

sara.ribeiro@sol.pt