Segundo um balanço oficial da fraude na saúde em 2014, a que a agência Lusa teve acesso, os encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com os prevaricadores ascendem a 347 milhões de euros, apesar de os montantes com a fraude não se encontrarem ainda contabilizados.
Isto significa que mais de 300 milhões de euros foram pagos pelo SNS aos prevaricadores, mas nem todo o dinheiro pode estar ligado à fraude, podendo haver uma fatia que é legal.
De acordo com os números oficiais do Ministério da Saúde, só a Autoridade do Medicamento (Infarmed) realizou em 2014 quase 1.400 inspecções.
Destas, a maior fatia (845) foi em farmácias, 163 em distribuidores de medicamentos e 40 a fabricantes de fármacos.
O Infarmed fez ainda 17 inspecções a boas práticas clínicas, nove a titulares de Autorização de Introdução do Mercado de medicamentos, 160 a entidades ligadas a produtos cosméticos, 89 a fabricantes e distribuidores de dispositivos médicos e 18 a locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.
No total foram instaurados 91 processos de contra-ordenação e 11 situações foram comunicadas à PJ.
Lusa/SOL