Agente de execução em prisão domiciliária

O presidente da Associação de Agentes de Execução vai ficar em prisão domiciliária, anunciou hoje a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Francisco Duarte – suspeito de peculato, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e falsidade informática – está detido desde quarta-feira da semana passada no estabelecimento prisional da Polícia Judiciária. Mas em breve deverá ir para casa com pulseira electrónica.

Segundo uma nota da PGDL, Francisco Duarte é suspeito de, entre Outubro e Dezembro passados, ter-se apropriado de montantes muito elevados em vários processos que geria. O agente terá feito várias “manobras” para contornar o sistema informático e assim transferir esses valores elevados para contas bancárias em seu nome ou em nome de familiares, “camuflando” essas transferências. 

A situação foi detectada numa investigação a 300 processos sob a sua gestão feita pela Comissão para ao Acompanhamento dos Auxiliares de Justiça (CAAJ) e passou para as mãos do Departamento de Investigação e Acção Penal que realizou buscas em casa e escritórios do agente de execução.

Numa nota aos jornalistas, a CAAJ informa que no ano passado o organismo que fiscaliza e os auxiliares de Justiça fez 29 participações crime às autoridades e expulsou 17 agentes de execução em 2013 e 2014. 

joana.f.costa@sol.pt