Mulher não consegue reaver carro que tinha sido roubado há 42 anos

Recentemente foi divulgada a história de Terry Dietrich, uma americana da Geórgia, que mal conseguiu acreditar quando a Polícia ligou a dizer que tinha encontrado o seu carro, roubado 42 anos antes. No entanto o momento de felicidade desvaneceu-se rapidamente: o destino mais provável do carro é um leilão, onde Terry terá de licitar como…

O caso remonta a 1972. Terry tinha um Corvette Stingray azul – o seu carro de sonho – há apenas seis meses, quando ao chegar a casa em Duluth viu que o mesmo tinha sido roubado. Os meses passaram e nada se descobriu, tendo a Polícia dito a Terry que o carro já poderia estar no fundo de um rio, depois de retiradas peças.

Afinal nada disso aconteceu e o Corvette apareceu no início deste ano. Foi conduzido durante 40 anos em Forest City, na Carolina do Norte, a 250 quilómetros da cidade de Terry. Foi comprado já este ano por Gary Green, um negociante e restaurador de carros antigos que o conhecia na zona desde 1975 e o comprou à viúva do dono.

Gary descobriu rapidamente que alguma coisa não batia certo, porque o registo do carro que tinha dizia que era um descapotável de 1969, quando na realidade era um coupé de 1972. Os números de série no registo e no chassis do carro também eram diferentes. Gary contactou a Polícia e foi assim que as autoridades puderam encontrar Terry Dietrich, que nunca mudou de casa estes anos todos.

O problema é que a dona do carro accionou o seguro, sendo indemnizada na altura, e nem a seguradora nem a entidade que gere os registos de automóveis conseguem encontrar um documento de 1972 que comprove a titularidade de Terry sobre o carro. As regras são claras e as autoridades da Carolina do Norte não as contornam, nem numa situação de reencontro passados estes anos todos.

O Corvette Stingray está agora à guarda da Polícia e provavelmente o seu destino será um leilão de carros abandonados ou confiscados. Em entrevista à NBC, Terry Dietrich disse que continua a ser o seu carro de sonho, mas que não tem dinheiro para disputá-lo num leilão. Se for esse o destino do automóvel, prefere nunca mais saber nada dele.

emanuel.costa@sol.pt