Sonae lucra 144 milhões em 2014

O grupo Sonae teve lucros de 144 milhões de euros em 2014, mais 11,2% do que em 2013, excluindo os efeitos da fusão da Zon com a Optimus e imparidades.

No ano passado, que segundo a dona do Continente, ficou marcado por um “ambiente extremamente competitivo e das pressões deflacionistas”, o volume de negócios subiu 3,2%, para os 4,974 mil milhões de euros, comunicou o grupo liderado por Paulo Azevedo. O EBITDA ficou nos 417 milhões de euros (-1%).

No retalho alimentar, onde se registou a abertura de três lojas Continente Modelo e cinco Continente Bom Dia, as vendas totalizaram 3,461 mil milhões de euros (+1,3%). Mas, se se comparar com o mesmo parque de lojas, ou seja, excluindo o impacto dos pontos de venda abertos em 2014, as vendas teriam recuado 2%.

Já nas insígnias de retalho especializado como a Worten, Sportzone, Zippy ou Mo, teve vendas de 1,29 mil milhões de euros, aumentando 6,6% (6,1% em Portugal e 7,8% Internacionalmente). 

No comunicado enviado ao mercado, o grupo destaca ainda o contributo positivo dos indicadores operacionais “recorde” da Nos. “As sinergias resultantes da operação de fusão estão a evoluir como inicialmente planeado”, indicou o presidente executivo da Sonae, Paulo Azevedo.

E evidencia ainda o desempenho da Sonae Sierra, a área dedicada aos centros comerciais, referindo os elevados níveis de ocupação dos seus shoppings, entre os quais o Colombo ou o GaiaShopping, e o aumento significativo das vendas dos lojistas.

No ano passado, a holding investiu 356 milhões de euros. Desses, 194 milhões foram aplicados na área do retalho. Em 2014 abriu 108 lojas das suas várias insígnias, próprias e em franquia, atingindo as 1.235 pontos de venda a nível mundial. Está em mais de duas dezenas de países.

“Em Portugal, os mais recentes indicadores económicos e índices de confiança têm estabilizado, sugerindo que a recuperação do consumo das famílias, embora modesta, poderá continuar. Em Espanha, após três anos de recessão, a economia voltou a crescer em 2014. Apesar de prudentes, olhamos para 2015 com confiança, acreditando que os nossos resultados irão beneficiar com o enquadramento macroeconómico”, afirmou Paulo Azevedo quanto às expectativas para 2015.

ana.serafim@sol.pt