Uma história portuguesa

Os portugueses não param de surpreender o mundo, aparecendo ligados à história através dos mais insondáveis caminhos. O episódio que aqui vamos contar, escreveu uma das mais notáveis páginas do universo relojoeiro.

Uma história portuguesa

Tudo começou em 1930, altura em que dois comerciantes portugueses encomendaram à International Watch Co. o fabrico de um relógio de pulso com a precisão de marcha dos cronómetros da Marinha.

Naquele tempo, com os meios técnicos disponíveis, a exactidão que se pedia na encomenda só se podia alcançar com um movimento volumoso habitual nos relógios de bolso e não com os que normalmente equipavam os relógios de pulso.

Prontos a satisfazer a demanda dos dois comerciantes, os relojoeiros decidiram-se por montar numa caixa de relógio de pulso o movimento de um relógio de bolso, mas para diminuir ao máximo o seu tamanho optaram pelo relógio de bolso para senhora, mais pequeno do que os de homem.

Quando chegou a altura (1939) de serem fornecidos os primeiros exemplares, designados de forma despretensiosa como ‘grande relógio de pulso’, a polémica estalou. O tamanho impressionante, o mostrador purista e a caixa redonda muito simples não correspondiam ao gosto da época. O que então estava na moda eram relógios ao estilo art déco, elegantes e rectangulares. De tal forma a afronta foi sentida que até 1980 apenas foram fabricados poucas centenas de exemplares, demonstrando que o relógio em causa estava muito para além do seu tempo.

Num repente, tudo mudou. Em 1993 a precisão exibida pelo modelo de 1939 aguçou o apetite dos mestres relojoeiros e o formato grande para relógios de pulso tornou-se (e é ainda) muito popular em todo o mundo. O êxito bateu finalmente à porta deste modelo que, de imediato, a IWC passou a designar por Portuguesa (Portugieser).

Hoje, é um ícone da famosa marca IWC e está este ano a festejar uns merecidos 75 anos salpicados entre o esquecimento e a fama.

E para assinalar esta data, a manufactura acaba de apresentar uma nova colecção com aperfeiçoamentos técnicos, estéticos e novas funcionalidades onde, entre outros, mostramos aqui o Portugieser Calendário Perpétuo Digital Data-Mês Edição 75.º Aniversário, o Portugieser Corda Manual Oito Dias Edição 75.º Aniversário, o Portugieser Calendário Anual e o Portugieser Yacht Club Cronógrafo.

O Calendário Perpétuo Digital Data-Mês tem movimento cronógrafo mecânico, corda automática, reserva de marcha de 68 horas, indicação dos anos bissextos, função de flyback e pode apresentar caixa em platina (edição limitada a 25 exemplares) ou caixa em ouro rosa (ambas com diâmetro de 45 mm), com opções de mostrador preto ou prateado.

No que se refere ao Corda Manual Oito Dias, temos movimento mecânico de corda manual, indicação de reserva de marcha (8 dias) no verso e caixas em aço inoxidável (edição limitada a 750 exemplares) ou ouro rosa (175 exemplares), ambas com 43 mm de diâmetro.

Passando ao Portugieser Calendário Anual é uma estreia e tem movimento mecânico de corda automática, reserva de marcha de 7 dias e caixa em aço inoxidável, com mostrador prateado ou azul nocturno e caixa em ouro rosa, todas elas com 44,2 mm de diâmetro.

Finalmente temos o Portugieser Yacht Club, o relógio mais desportivo desta linha. Aqui, o cronógrafo é lançado num tamanho mais pequeno e apresenta função de flyback, movimento mecânico de corda automática, caixa em aço inoxidável com mostrador prateado ou cor de ardósia e caixa em ouro rosa, todas com 43,5 mm de diâmetro.