«o museu grão vasco bem merece esta categoria, não só devido aos visitantes que dispõe, mas ao potencial de crescimento que ainda tem, para além da qualidade e quantidade de bens classificados como tesouros nacionais que alberga», justificou.
no discurso que proferiu na cerimónia em que foi empossado director, sérgio gorjão sublinhou que «o museu grão vasco é uma referência nacional incontornável», daí que considere uma justa pretensão dos viseenses a alteração da sua designação de museu regional.
aos jornalistas sustentou que a reclassificação do museu não vai fazer com que passe a ser maior, no entanto, «é o reconhecimento da sua dignidade».
«irei diligenciar brevemente neste sentido, pois é uma questão de justiça. inicialmente darei conhecimento ao instituto nacional de museus e depois à secretaria de estado», alegou.
o director do instituto dos museus e da conservação (imc), joão carlos brigola, defendeu também que o museu grão vasco tem uma vocação e uma dimensão nacional, apesar de não ter ainda no seu nome essa designação.
«mas a lei permite e até exigiria que caminhássemos nesse sentido», frisou.
na cerimónia de tomada de posse esteve também o secretário de estado da cultura, elísio summavielle, que evidenciou que o museu grão vasco está entre os cinco primeiros museus de referência nacional.
questionado pelos jornalistas sobre a passagem a museu nacional, elísio summavielle defende que não é por obter esta designação que passará a ter todos os seus problemas resolvidos.
«mas penso que não haverá contestação. se é uma questão de nomenclatura depois faz-se um despacho», disse.
o novo director do museu grão vasco deixou ainda vincado que seria importante, a médio prazo, aumentar o número de visitantes, que ronda os 70 mil por ano.
«era muito bom que passássemos a barreira mítica dos 100 mil, pois temos viseu às portas de espanha. as vias de comunicação auxiliam-nos de forma a que o museu grão vasco possa assumir um lugar ainda mais central do que já tem», concluiu.
sérgio gorjão é mestre em museologia, licenciado em história, pós-graduado em museologia, património, história da arte e cultura oriental.
foi responsável pela rede de museus e galerias municipais de óbidos, dirigiu o museu da terra de miranda (mirada do douro) e o museu do abade de baçal (bragança), ambos do imc.
sol/lusa