Europa regista primeira vítima mortal do coronavírus

Um alemão de 65 anos morreu na sequência de uma infeção provocada pelo coronavírus MERS (Síndrome Respiratória do Médio Oriente) que terá contraído em fevereiro durante uma visita à Península Arábica, anunciaram hoje as autoridades sanitárias alemãs.

O homem morreu no passado dia 06 de junho num hospital de Ostercappeln (oeste) com uma doença pulmonar, que surgiu na sequência de uma infeção provocada pelo MERS (na sigla em inglês), precisou o Ministério regional da Saúde do Estado da Baixa Saxónia, num comunicado.

 

O cidadão alemão fez em fevereiro último uma viagem pela Península Arábica, onde terá "provavelmente" contraído o vírus MERS durante uma visita a um mercado com animais, acrescentou a mesma nota informativa.

 

No regresso, o sexagenário foi hospitalizado num hospital em Osnabruck (oeste), onde foi colocado em quarentena. Nessa altura, o paciente conseguiu superar a infeção.

 

Posteriormente, o homem contraiu uma outra doença pulmonar e acabou por morrer, segundo explicou o ministério.

 

Cerca de 200 pessoas que estiveram em contacto com o sexagenário foram submetidas a testes e nenhuma está contaminada, precisou a mesma fonte.

 

Na Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contaminadas com este vírus e 412 morreram desde 2012.

 

Recentemente, a Síndrome Respiratória do Médio Oriente foi registada na Coreia do Sul. O último balanço dá conta de 19 mortes e 154 casos de contaminação, dos quais 17 foram declarados como curados.

 

No sábado, um sul-coreano foi hospitalizado de urgência em Bratislava, na Eslováquia, por suspeita de infeção com o coronavírus MERS, mas os exames realizados acabaram por excluir essa hipótese, informou, na segunda-feira, o Ministério da Saúde eslovaco.

 

O MERS é um vírus mais mortal, mas menos contagioso, do que o responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS, sigla em inglês) que, em 2003, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

 

O vírus provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, vacina ou tratamento.

 

A doença regista uma taxa de mortalidade de cerca de 35%, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo comité de emergência reúne-se hoje para discutir a evolução do MERS na Coreia do Sul.

Lusa/SOL