Farmacêuticas detidas trabalhavam em farmácia de Lisboa

As duas farmacêuticas detidas hoje pela Polícia Judiciária (PJ) por alegados crimes de burla ao Sistema Nacional de Saúde (SNS) trabalhavam numa farmácia em Lisboa, disse à agência Lusa fonte da PJ.

A mesma fonte acrescenta haver mais pessoas envolvidas na investigação, nomeadamente clientes da farmácia, ainda que mais ninguém tenha sido detido.

Estima-se que o valor das burlas ao SNS ascenda a mais de 100 mil euros, disse a fonte da polícia, acrescentando que a investigação às funcionárias da farmácia durava há mais de um ano.

As farmacêuticas utilizavam receitas do SNS, aproveitando os montantes dos medicamentos comparticipados e não transacionados para dispensar outros medicamentos aos clientes, um procedimento que obviamente, tinha que ter a permissão destes, acrescentou a fonte da PJ.

As detidas têm 39 e 70 anos e vão ser presentes a tribunal para primeiro interrogatório judicial.

A operação foi realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ e envolveu várias buscas, quatro das quais domiciliárias, tendo sido apreendida documentação e material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação.

A investigação foi dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e contou com a colaboração do Ministério da Saúde.

Lusa/SOL