Morreu o menino atirado da ponte por se recusar a matar

O menino guatemalteco, que optou por ser atirado de uma ponte a matar um desconhecido, acabou por morrer, ao fim de duas semanas no hospital.

Angel Ariel Escalante Perez, de 12 anos, foi raptado quando estava a regressar a casa da escola. Deram-lhe uma arma e disseram-lhe que tinha de matar um motorista de autocarro ou então seria morto, refere o jornal britânico Mirror.

Sendo o pai do menino motorista de um autocarro, a criança recusou-se a matar o desconhecido e disse que preferia que o matassem.

Os raptores deram-lhe duas escolhas: ou era esquartejado ou era atirado de uma ponte. Angel acabou por optar pela última hipótese e foi atirado da ponte Incienso, na Cidade da Guatemala, uma das maiores pontes da América Central.

O menino foi atirado de uma altura de 135 metros e sobreviveu, graças a folhagem que aparou a sua queda. Acabou por ser encontrado pelo pai e amigos três dias depois, gravemente ferido. Foi encaminhado para o hospital, onde esteve internado durante 15 dias, mas acabou por não resistir.

Os médicos acreditam que se tivesse sido encontrado mais cedo, talvez o tivessem conseguido salvar.

Foi o próprio Angel que contou ao pai que tinha sido raptado por seis pessoas, que o tinham atirado da ponte por se recusar a matar um motorista de autocarro.

Um activista guatemalteco afirmou que esta situação ocorreu porque os criminosos não queriam ser acusados do crime, caso fossem apanhados.

Acrescentou ainda que este tipo de situações, o rapto de menores para cometerem crimes, tem-se tornado mais frequente. O recrutamento de crianças para o crime organizado é comum nos gangues da América Latina.