LG G4, um smartphone de topo

A LG lançou para o mercado o seu porta estandarte para o segmento dos smartphones, o G4. Surge com a responsabilidade acrescida de superar o G3, o tão galardoado modelo anterior.

Foi com alguma expectativa que aguardámos o contacto com este dispositivo. A experiência permitiu-nos confirmar, em alguns aspectos, boas novidades. Noutros nem por isso, mas isto não é uma crítica.
 
A marca foi inteligente ao ponto de mexer apenas no necessário. Para quê mudar o que já era bom? A LG decidiu dedicar-se a três campos e destaca-os: qualidade de construção, ecrã e fotografia.
 
O corpo é a primeira novidade. Não revoluciona, segue a linha conseguida no G3 e não imita ninguém. Mas está mais fino e apresenta pela primeira vez uma ligeira curvatura no ecrã, um pouco à imagem do seu irmão G Flex, mas mais subtil. Permite, por isso, uma melhor visualização de conteúdos e acrescenta-lhe ergonomia. Ajuda também o manuseamento apenas com uma mão, pois a inclinação ajuda a alcançar os extremos do ecrã.
 
O toque de qualidade é-nos oferecido pela capa traseira em pele. Há versões em cerâmica que não desiludem, mas a de pele faz toda a diferença. Disponível em três cores, a sensação ao tacto é única, graças à utilização de pele genuína.
 
Claro que tem de desembolsar um pouco mais por esta variante, mas é o preço a pagar pela diferença. Incluídos na parte de trás, mais uma vez, estão os únicos botões físicos (ON/OFF e volume) deste smartphone, mesmo sob a câmara fotográfica.
 
O ecrã é o segundo ponto merecedor de nota, pela sua resolução QHD (2560×1440 e 538 ppi), uma das maiores do mercado. A marca juntou-lhe ainda a tecnologia IPS Quantum. A quantidade de detalhes apresentados é enorme, onde se junta a cor, viva e com alto contraste.
 
Restam as câmaras. Ambas foram revistas e são dos atributos mais apreciados. A parte da frente possui agora um sensor de 8mp onde se junta o modo selfie, à semelhança do G3, mas com um novo truque. Se o fechar da mão permite tirar uma selfie, fechar e abrir duas vezes seguidas tira uma moldura de quatro.
 
Para a câmara traseira faltam adjectivos. Tem um novo sensor, que cresceu para os 16 megapixéis, uma lente com uma abertura de F/1.8, estabilizador óptico de imagem laser OIS 2.0, duplo Flash LED e um novo modo manual. Este modo promete agradar aos mais afectos à fotografia, porque permite não só ajustar o balanço entre brancos e negros, como fazer a compensação de exposição, controlar a velocidade do obturador ou os valores ISO e ainda grava em RAW. É notória a sua capacidade para captar imagens…e envergonha muitas câmaras.
 
No campo do desempenho, a escolha da LG recaiu sobre a fiabilidade do Snapdragon 808 ao invés do esperado Snapdragon 810. Surge auxiliado pela GPU Adreno 418 e 3GB de RAM. Sem expectativas, acabamos por ficar surpreendidos, pois no desenrolar da utilização e mesmo em modo de jogo, não houve quebra de rendimento nem aquecimento excessivo, como em alguns smartphones equipados com o 810.
 
Este dispositivo consegue valores que sugerem 20% mais rapidez que a geração anterior. O armazenamento também cresceu e é agora de 32GB, expansíveis por microSD de até 128GB, suficientes para comportar a gravação em modo RAW. A bateria possui 3.000mHa.