Grécia. Syriza à frente nas intenções de voto para legislativas de setembro

O partido da esquerda radical grego Syriza, dirigido por Alexis Tsipras, está à frente nas intenções de voto, com 23 por cento, para as legislativas antecipadas de setembro, segundo uma sondagem publicada hoje na imprensa.

Grécia. Syriza à frente nas intenções de voto para legislativas de setembro

Esta é a primeira sondagem realizada depois da demissão de Tsipras do cargo de primeiro-ministro, antecipando a sexta eleição em apenas cinco anos.         

O Syriza, confrontado com a deserção de alguns dos seus membros, tem 3,5 pontos de vantagem em relação ao partido de direita Nova Democracia, que tem 19,5% na pesquisa de intenção de voto, segundo o levantamento do instituto ProRata para o jornal de direita Efimerida ton Syntakton.

O partido de extrema-direita Aurora Dourada, com membros a responder em processos na justiça, está em terceiro lugar na sondagem, com 6,5% das intenções de voto.

A nova formação Unidade Popular, do eurocético Panagiotis Lafazanis, que deixou o Syriza com outros 24 deputados, poderá chegar ao parlamento se passar os 03% de votos (as intenções de voto dos gregos apontam no momento 3,5% para este partido).

O partido de centro To Potami, do antigo jornalista Stravos Theodorakis, obteve quatro por cento e os socialistas do PASOK, que durante muitos anos dominaram a vida política grega, têm 4,5% das intenções de voto dos gregos.

Um quarto das pessoas entrevistadas (25,5%) declarou estar indecisa.

Alex Tsipras anunciou na semana passada a sua demissão do cargo de primeiro-ministro depois de permanecer apenas oito meses no poder, provocando eleições antecipadas que deverão ocorrer a 20 de setembro.

O Syriza obteve cerca de 36% dos votos nas legislativas de 25 de janeiro, tendo o fim da austeridade como o centro do seu programa político.

No entanto, Alexis Tsipras entrou em acordo com as autoridades internacionais para promover um novo plano de resgate para a Grécia, introduzindo novas medidas de austeridade, provocando a saída de várias pessoas do governo (como o ministro das Finanças, Yanis Varufakis) e mesmo do partido.

O estudo de intenção de voto, realizado por telefone, ouviu mil pessoas entre 25 e 26 de agosto, após a criação do novo partido Unidade Popular.

Lusa/SOL