Grécia: Presidente do Eurogrupo pede rápida formação de Governo

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, felicitou hoje o líder do Syriza, Alexis Tsipras, pela vitória nas eleições gregas e pediu a rápida formação de um Governo para “continuar o processo de reformas” na Grécia.

Grécia: Presidente do Eurogrupo pede rápida formação de Governo

"Felicito Alexis Tsipras e o Syriza", disse Dijsselbloem, num breve comunicado, no qual garantiu estar "preparado para trabalhar estreitamente com as autoridades gregas e para continuar a acompanhar a Grécia nos seus ambiciosos esforços reformistas".

"Quero ver agora a rápida formação de um novo governo com um forte mandato para continuar o processo de reformas na Grécia", realçou o também ministro das Finanças da Holanda.

Tsipras, que obteve 35% dos votos nas legislativas antecipadas, anunciou que vai manter a coligação com os nacionalistas Gregos Independentes (Anel) e já agradeceu aos eleitores pelo mandato claro "para quatro anos".

O líder do partido da esquerda radical Syriza, que obteve mais sete pontos percentuais do que os conservadores da Nova Democracia (ND, 28%), vai ter que executar o terceiro resgate, assinado em agosto com os parceiros do Eurogrupo, que prevê duros ajustes e reformas durante três anos em troca de até 86 mil milhões de euros dos credores europeus.

A partir do outono, Tsipras vai ter que voltar à mesa das negociações com os parceiros do Eurogrupo sobre a dívida grega, insustentável, como reconheceram já o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia (CE).

Os países do Eurogrupo mostraram-se dispostos a considerar, se necessário, possíveis períodos de graça e de vencimento mais prolongado para aliviar os pagamentos da dívida grega.

Também no outono, Tsipras e o seu Governo vão ter que se submeter à primeira revisão do cumprimento do resgate, depois do atraso nas reformas devido à realização das eleições antecipadas.

Por seu lado, o Eurogrupo vai tentar implicar o FMI no programa de assistência financeira à Grécia. 

Lusa/SOL