Repsol prevê dispensar 1.500 trabalhadores

A Repsol prevê reduzir em 6% o quadro de pessoal nos próximos três anos, o que implicará a saída de cerca de 1.500 dos 25.000 trabalhadores que atualmente integram o grupo.

Numa comunicação interna a que agência Efe teve acesso, a empresa refere que esta redução do quadro de pessoal decorrerá ao longo dos primeiros três anos do seu plano estratégico para o período 2016-2020, a apresentar a 15 de outubro e que foi elaborado após a compra da petrolífera Talisman.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da Repsol em Portugal disse não haver "nenhum programa de despedimentos previsto" para o país, esclarecendo que "este processo será feito por rotação natural de trabalhadores".

"Não existe uma meta específica por país, os números vão depender apenas da eficiência que cada operação tem. Em Portugal este processo já tem vindo a ser implementado, pelo que os trabalhadores saem porque surgem novas oportunidades profissionais ou em situação de reforma", disse, acrescentando que a operação no país "é bastante eficiente".

Na comunicação interna citada pela Efe, a Repsol salienta que o processo de redução do pessoal será acompanhado de "novos planos para potenciar o talento interno e as oportunidades de carreira profissional" e será efetuada "da forma responsável como sempre atua a empresa", sem contudo avançar mais detalhes.

O documento refere ainda alguns dos "desafios, oportunidades e exigências" do novo plano estratégico que, segundo o grupo, "estará orientado para a criação de valor" e para "fortalecer" o modelo de gestão.

Adicionalmente, estará focado em rentabilizar "as oportunidades resultantes do atual perfil da empresa", que com a integração da Talisman assumiu uma maior dimensão e uma presença global.

"O plano estratégico vai dar uma clara resposta em matéria de capacidade de adaptação, inovação, otimização da carteira de ativos, eficiência, simplificação de processos, eliminação de redundâncias, excelência operativa e redução de custos", acrescenta.

Para atingir estes objetivos, a Repsol aponta uma "visão transformadora" e "uma liderança focada nos resultados e no desenvolvimento de equipas baseadas na meritocracia", assim como a flexibilidade.

A Repsol adquiriu a petrolífera canadiana Talisman em finais de 2014, o que lhe permitiu duplicar em tamanho e antecipar sinergias no valor de 350 milhões de dólares por ano.

Lusa/SOL