Todos menos os professores. Alguns fazem-no, mas disso não têm necessidade. Se quiserem podem deixar-se estar, Akihito não o poderá levar a mal, é até bem capaz de esperar que não o façam. Um professor é alguém que vive acima dos comuns mortais e a par do eleito entre os eleitos, Akihito. Os que ensinam a aprender têm a obrigação de ser tratados como artífices do futuro.
Neste mês de tumultos políticos, num ano em que as escolas portuguesas abriram mais tarde, curvo-me perante os professores que tão maltratados têm sido. Portugal não tem imperadores nem professores respeitados. Quanto à primeira parte da equação, nada a fazer. E nada contra. Mas quanto aos professores os futuros governantes bem podiam emendar a mão e, de uma vez por todas, começarem a tratá-los como Akihito e Michiko no Palácio dos deuses.
luis.osorio@sol.pt