shisha no egipto e sudão, nargile turquia, marrocos e síria e hookah, na índia, são diferentes palavras para descrever o mesmo ritual, o de fumar tabaco com sabores e cheiros variados.
com o aumento das viagens a esses destinos, os ocidentais importaram o ritual da shisha e introduziram-no na sua vida social. parece um gesto mais inofensivo, relaxante e divertido do que ‘sacar’ de um cigarro.
a moda estendeu-se à europa, brasil e estados unidos e é possível encontrar diversos cafés próprios para esta prática, onde grupos de pessoas convivem rodeados por enormes nuvens de fumo.
mas será que, afinal, esta prática é inofensiva? de acordo com claudia hammond – que escreve uma análise sobre o tema na secção bbc future do site da cadeia inglesa – não. os riscos associados ao consumo tabaco são minimizados, por o tabaco ser purificado na água do cachimbo, mas, na verdade, o fumo continua a entrar para os pulmões.
aliás, o fumo inalado provém do carvão vegetal utilizado para queimar o tabaco, carvão esse que inclui várias substâncias tóxicas, que os fumadores inalam em maior quantidade, já que cada sessão de shisha dura bastante mais do que o fumar de um cigarro. como explica hammond, numa sessão de uma hora, «inala-se 100 a 200 vezes mais fumo do que um único cigarro».
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