NOS Primavera Sound. Batas brancas, música medicinal

Os Chairlift provocam a dança da serena, bom concerto a antecipar Air. Ninguém resiste a Caroline Polachek

Ui, os Chairlift entram em boa hora que o tempo já viu melhores dias e sol foi substituído pelas nuvens. Esperemos que Caroline Polachek e Patrick Wimberly, com os seus dois mosqueteiros a cavalo, nós tratem de iluminar. Para começar entram com uma falha de som algo estranha, que logo recuperam. "Look Up" é a entrada ténue e espacial dos Chairlift, Polachek vem de vestido branco, espécie de bata de pessoal de saúde, voz leve, meio frágil mas que nunca cai, que vai onde for preciso ir. O convite para dançar começa aqui.

Parecia que estamos a adivinhar, o Sol também quer ver Chairlift, e, a fases, lá vai rompendo o cinzento, que isto pede outra cor. Dão-se bem nesta cidade, onde voltam a ser visita de luxo, cá em baixo, nas primeiras filas fica a ideia de que está tudo pasmado com a performance de Polachek, que se reforça com "Romeu", um dos seus temas mais rodados.

Na hora de tocar temas mais antigos os Chairlift parecem praticar o jogo da cadeira, os quatro elementos em palco desdobram-se pelos instrumentos, ora toco bateria ora tocas tu, o mesmo com o teclado. Ou isso ou a forma como Polacheck tira as botas e lhes mostra o dedo do meio, seguimos descalços e desprotegidos, à sua mercê. A seguir temos Air.