O vinho português está na moda

Medalhas e distinções têm acontecido nos mais variados países 

No verão de 2015, Portugal fez capa da “Wine Spectator”, uma das mais prestigiadas publicações do setor. Com o Douro a emprestar o cenário para contar a história daquilo que de melhor se faz em Portugal, a publicação destacou as medalhas e as distinções – em dois meses, 279 medalhas na Alemanha, França e China.

Seja ou não uma questão de moda, a verdade é que, em março do ano passado, o concurso alemão Berliner Wein Trophy entregou 92 medalhas a vinhos portugueses. Mas haveria novos destaques para os produtores nacionais. O parisiense Vinalies Internationales entregou 79, e os China Wine & Spirits Awards distinguiram 108 rótulos nacionais. E as referências ao produto nacional foram-se multiplicando.

Por esta altura, Frederico Falcão, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), explicava mesmo que “Portugal está, de facto, a ser muito mais falado por opinion makers internacionais. É um dos países com maior rácio de entrega de medalhas face às amostras enviadas, ou seja, é um dos que têm mais medalhas, mas é dos que enviam menos vinhos”.

Os prémios em países como a China não são, aliás, uma novidade. Este tem sido um dos mercados onde o vinho português mais notoriedade tem ganho e com espaço para conquistar cada vez mais adeptos.

Ao i, António Nora orgulha-se de contar que os vinhos das marcas Pousio e Marmelar – os topos- -de-gama produzidos apenas em anos excecionais – marcam presença na carta de vinhos do The Peninsula Shangai, “um dos mais prestigiados hotéis daquela que é considerada a maior cidade da China e o maior comprador de Rolls Royces a nível mundial”.

“Atualmente, a Europa, em termos de mercado, está como estava há uns anos. Não há evolução. O caminho é mesmo continuar a apostar em países como a China.”