Máfia das pensões. Arguidos prestes a ser libertados por exceder prazo de preventiva

Apesar de condenados a penas elevadas por burlarem dezenas de idosos, os oito arguidos poderão ser soltos esta semana por expirar o prazo de prisão preventiva. Tribunal também mandou devolver os 2,8 milhões que terão conseguido com os crimes.

O gang que ficou conhecido como a “Máfia das Pensões” poderá ser libertado esta semana, por se esgotar o prazo máximo de prisão preventiva. Os oito elementos, condenados em primeira instância a penas que vão dos 11 aos 14 anos, terão burlado vários idosos, conseguindo proveitos que podem ascender aos 2,8 milhões de euros.

Apesar das condenações, só hoje é que os últimos recursos vão subir para a Relação, o que significa que a decisão do Tribunal de Vila Real não transitou em julgado.

Além de poderem ser libertados esta semana, escreve o “CM”, o dinheiro também lhes poderá ser devolvido, por decisão do Tribunal de Vila Real.

Modus operandi

O grupo convenceu dezenas de idosos a entregar-lhes as suas pensões e o dinheiro que tinham conseguido juntar durante toda a sua vida. Para tal usavam diversas justificações, desde dívidas de familiares, substituição de notas e até questões contratuais.

Muitas das vítimas acabaram por sofrer consequências psicológicas e físicas como consequência dos crimes. Segundo ficou provado, com o choque algumas ficaram incontinentes, outros sofreram AVC e houve até os que deixaram de falar.

Uma das idosas, como noticiou aquele jornal, chegou mesmo a imolar-se pelo fogo após se aperceber de que tinha sido enganada pelo grupo, que lhe levou todas as poupanças.

Os juízes consideraram mesmo durante o julgamento que os arguidos nem sequer mostraram arrependimento quando os velhinhos “entraram no tribunal a tremer e de muletas”.