Colômbia. Exército de Libertação Nacional reivindica atentado em Bogotá

Governo condenou estratégia da guerrilha, como quem iniciou negociações de paz no início do mês

Em pleno processo de negociações de paz com o governo colombiano, o Exército de Libertação Nacional (ELN), veio reivindicar, esta segunda-feira, o atentado do dia 19 de fevereiro, no bairro de La Macarena, em Bogotá, contra uma patrulha policial, que resultou na morte de uma pessoa e em mais de 40 feridos. 

Num comunicado difundido através da rádio, citado pelo “El País”, o movimento guerrilheiro explicou que o ataque foi realizado como objetivo de apelar ao governo para acabar com o ESMAD, “um corpo policial exclusivamente encarregue de reprimir as manifestações sociais nos campos e cidades do país”, que oferece “tratamento de guerra às reivindicações populares”.

Citado pelo diário colombiano “El Espectador”,  Juan Camilo Restrepo, representante do governo nas conversações de paz acusou a ELN de “cinismo” e criticou a estratégia seguida pela guerrilha para lograr um cessar-fogo.

Recorde-se que o executivo alcançou, no final do ano passado, um acordo de paz histórico com as FARC, o maior grupo guerrilheiro da Colômbia.