Habitação. Prestações vão atingir novos mínimos em março

Redução dos encargos mensais das famílias este mês vai oscilar entre um mínimo de 0,2% e um máximo de 1,4%.

Os portugueses com crédito à habitação vão pagar uma prestaçao mais baixa em março. A redução dos encargos mensais oscila entre um mínimo de 0,2% e um máximo de 1,4%, avançou o “ECO”. Quanto mais alargado for o prazo do indexante associado ao empréstimo, maior será o benefício.

É o que acontecerá no caso dos agregados cujos empréstimos da casa estão associados à Euribor a 12 meses, já que só agora vão tirar partido da descida do indexante registada ao longo do último ano. Assumindo o cenário de um crédito no valor de 100 mil euros, a 30 anos, e com um spread de 1%, resulta numa poupança mensal de 4,43 euros, com a prestação a baixar para 316,84 euros mensais. O número de famílias que irá tirar partido dessa redução será contudo baixo, já que a Euribor a 12 meses ainda tem pouca expressão no total do crédito à habitação, apesar de muitos bancos já a estarem a privilegiar na concessão de novos empréstimos.

Crédito aumenta As mediadoras imobiliárias e vários bancos nacionais antecipam que continue, em 2017, a tendência de crescimento no crédito habitação, mas sem se alcançarem níveis de anos passados.

Segundo o Banco de Portugal, em 2016, os bancos disponibilizaram 5790 milhões de euros em crédito à habitação, traduzindo um crescimento de 44,28% face aos 4013 milhões de euros registados em 2015. Fonte do Millenium BCP, o maior banco privado português, afirmou a expetativa é que esta tendência de crescimento se mantenha, mas “com valores de produção ainda distantes dos registados há uma década”.

Entre os principais motivos para a evolução positiva estão as taxas de juro historicamente baixa.