As exportações de bens aumentaram quase 20% em janeiro, e as importações mais de 22%. Segundo o INE, o défice da balança comercial aumentou por comparação com o mesmo mês de 2016.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou ontem que, “em janeiro de 2017, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de, respetivamente, +19,6% e +22,3%”.
O gabinete de estatística aponta ainda que o “défice da balança comercial de bens situou-se em 941 milhões de euros em janeiro de 2017, representando um aumento de 252 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”.
O INE salienta ainda que, “excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 17,1% e as importações 14,6%”, e que nesta variante a balança comercial atingiu um saldo negativo de 535 milhões de euros”.
Mais dias úteis
O gabinete de estatísticas salienta ainda que “esta evolução deve-se, parcialmente, à diferença no número de dias úteis no período de referência: janeiro de 2017 registou mais 2 dias úteis do que os meses anteriores e homólogo de 2016”.
De acordo com os técnicos do INE, “as exportações de bens de todas as grandes categorias económicas aumentaram” em janeiro de 2017 face o mesmo mês do ano passado, destacando-se “acréscimos registados nos fornecimentos industriais, material de transporte e acessórios e combustíveis e lubrificantes (correspondendo a +15,9%, +25,1% e +59,7%, respetivamente)”.
Sobre as importações, o INE aponta que em “janeiro de 2017 evidencia-se claramente o aumento verificado nos combustíveis e lubrificantes (+106,0%) em relação ao mesmo mês de 2016”. O gabinete justifica-o “sobretudo pela importação de óleos brutos de petróleo”.
Os dados mostram ainda que o comércio cresceu quer com os países de fora da UE (aumento de 33% das exportações e de 41,3% das importações) quer com os Estados-membros da União (importações subiram 16,8%, e exportações 15,9%).
Países
Tendo em conta os principais países de comércio, as exportações só diminuíram para Itália. Os “maiores aumentos registados nas exportações” foram para Espanha, Alemanha e França, lê-se no documento do INE, que acrescenta que os “dez principais países de destino em 2016 diferem dos de 2015 pelo facto de Angola ter descido da 6.a para a 8.a posição e pela substituição da China por Marrocos, na última posição”.
O INE mostra ainda que só Espanha e Itália exportaram menos para Portugal e destaca “o acréscimo registado nas importações provenientes da Alemanha”. Na lista dos dez principais países fornecedores em 2016, o INE sublinha, nas últimas posições, a saída de Angola e dos EUA e a “entrada, em sua substituição, da Rússia e do Brasil”.
No mês passado, o INE tinha revelado que 2016 foi o pior ano para as exportações (+0,9%) desde 2009.
