A Emel – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa apresentou uma queixa-crime sobre a retirada de parquímetros em Carnide. Mas ao contrário do que foi inicialmente noticiado, a queixa é contra desconhecidos e não contra a Junta de Freguesia. O presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa, tinha informado que a queixa-crime feita pela EMEL era dirigida a si. "A EMEL optou, mais uma vez, por mostrar concretamente qual é a sua forma de estar neste processo, com má-fé, e, portanto, optou por fazer uma queixa-crime, não contra desconhecidos, mas contra a Junta de Freguesia de Carnide, contra o presidente de Junta", disse o autarca
Recorde-se que na noite de quarta-feira, os moradores da freguesia arrancaram os 12 parquímetros colocados pela Emel, deixando-os à porta da junta de freguesia. Além dos parquímetros, também os sinais de trânsito referentes ao parqueamento foram retirados.
O presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa, disse que esta "ação popular" nasceu de forma espontânea, motivada pelo descontentamento com a colocação dos parquímetros por parte da EMEL "sem uma consulta pública".
Já Fernando Medina considerou “inqualificável” a remoção dos parquímetros e defende que “não se pode reagir a isso com um ato de vandalismo e, muito menos, organizado por quem tem responsabilidades do Estado”. O presidente da câmara de Lisboa indicou que a decisão de colocar parquímetros na zona histórica de Carnide foi tomada “a pedido de muitos moradores” e da própria Junta que, a certa altura, “mudou de opinião”.