O ministro dos Negócios Estrangeiros russo reagiu com dureza, ao bombardeamento dos EUA a uma base aérea síria, "é um acto de agressão com um pretexto inventado". Serguei Lavrov afirmou que a Casa Branca nem se preocupou em demonstrar se de facto houve uma agressão com armas químicas feita pelas forças armadas de Damasco.
Washington não fez mais que mostrar fotografias e usar o testemunho de algumas ONG vinculadas, segundo o ministro russo à Al-Qaeda e para quem a produção de um ataque deste tipo permitiria justificar um bombardeamento dos EUA.
Lavrov diz que a actuação dos EUA lembra 203, quando os norte-americanos, junto com os britânicos, invadiram o Iraque sem aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Lavrov recorda que o Iraque foi invandido com base num pretexto falso: "já passarm mais de 10 anos, Tony Blair, então primeiro-ministro do Reino Unido, admitiu que erraram e induziram todos em erro".
Por sua vez, a porta-voz da chancelaria russa, María Zajárova, defendeu que este bombardeamento dos EUA estava planificado muito antes do suposto ataque com armas químicas acontercer. Segundo esta responsável russa, a Casa Branca já tinha planificado de antemão "fazer uma demontração de força neste país árabe".
A Rússia afirma que atacou um depósito de armas dos terroristas na zona e que o que provocou a tragédia foi a libertação das substâncias tóxicas que os rebeldes tinham armazenado nesse depósito. Os EUA justificam o ataque com um suposto ataque químico que deixou 86 mortos e 100 feridos na localidade de Jan Sheijun, perto de Idlib.