Consumo. Metade dos portugueses dão preferência à marca na hora de abastecer

Apenas um em cada dez dos automobilistas portugueses admite que recorre preferencialmente a postos low-cost. Deslocação à bomba acontece em média uma ou duas vezes por mês e custa 20 a 40 euros.

Metade dos automobilistas portugueses abastece sempre o automóvel nos postos de combustível de marca. O tipo de combustível utilizado é uma preocupação para quase 80% dos condutores.

De acordo com um estudo da Nova IMS (Information Management School) e da Qdata – Recolha e Tratamento de Dados sobre hábitos de consumo, 51% dos inquiridos refere abastecer apenas em postos de combustível de marca e apenas 12% afirma utilizar também os postos ‘low cost’ (sem marca e com preços mais reduzidos).

De acordo com o estudo – no âmbito do qual se pretendeu conhecer a preferência por tipo de combustível e identificar as razões da escolha de um combustível com aditivos – os condutores das estradas portuguesas “não têm dúvidas quanto às características que mais valorizam no momento de escolher um combustível aditivado” e revelam que estas são a “possibilidade de ter mais quilómetros por depósito (41%), a oferta de descontos (38%), a limpeza do motor (36%) e logo seguida pela confiança que depositam na marca (29%)”.

O documento mostra ainda que “a preocupação com as emissões poluentes foi indicada como um dos aspetos a valorizar no momento da escolha de um combustível aditivado por 25% dos auscultados” enquanto um em cada dez dos inquiridos (11%) manifestou preocupação com a obtenção de um melhor desempenho. 

Preocupações O trabalho revela ainda que “as preocupações com a ‘saúde’ da viatura” incluem, por exemplo, revisões periódicas ao estado geral do veículo. Estas são “apontadas por 95% dos inquiridos” como prioritárias quando se fala nos aspetos que consideram ter mais influência no rendimento de um motor. 

Em segundo lugar neste ranking, revela o documento, “surge a sujidade do motor, apontada por 85% dos entrevistados, logo seguida pelo tipo de combustível utilizado na viatura, identificado por 78% dos inquiridos”.

O estudo a que o i teve acesso visou também conhecer a frequência de abastecimento de combustíveis pelos portugueses e o valor médio da despesa realizada em cada abastecimento.

O inquérito revela que “os portugueses gastam, em média, entre 20 e 40 euros de cada vez que abastecem a sua viatura, sendo que os homens são quem mais abastece neste intervalo de valores (48%), uma vez que 53,1% das mulheres prefere abastecer com mais de 40 euros”.

De acordo com o trabalho, esta é uma decisão que se “prende com o facto de 43% das mulheres preferir abastecer a sua viatura apenas entre uma a duas vezes por mês, enquanto os homens (53%) se deslocam à bomba mais de três vezes por mês”. A maior frequência de abastecimentos é registada na faixa etária entre os 25 e os 34 anos.

Quilómetros No que diz respeito às distâncias percorridas pelos condutores, verifica-se que cerca de 48% efetua até 10000 quilómetros por ano, o que equivale a 833 quilómetros por mês.

As mulheres afirmam guiar mais quilómetros do que os homens (56% das mulheres e apenas 24% dos homens dizem fazer mais de 10000 quilómetros por ano). Os homens demonstram uma menor perceção dos quilómetros efetuados.
Os mais jovens e os mais velhos percorrem menos quilómetros por ano e os jovens com idades entre os 18 e os 24 anos têm uma menor perceção da distância percorrida por ano (13%).

O estudo foi feito em março com base em 2009 entrevistas a cidadãos portugueses entre os 18 e os 65 anos.
Há dois anos que os postos de abastecimento em Portugal passaram a vender combustíveis simples (sem aditivos), também conhecidos como ‘low cost’.