As dificuldades da Judiciária no dia a dia

A falta de equipamentos e os contratempos com a nova sede têm sido notícia.

Nos últimos meses a Polícia Judiciária tem vivido debaixo de alguma tensão e muitos inspetores garantem que em determinadas áreas a Operação Aquiles veio trazer ainda mais instabilidade àquela polícia, que se tem deparado com diversas dificuldades para levar a cabo o seu trabalho no dia a dia. Em março, o jornal i relatou algumas dificuldades, como a falta de equipamentos para diversas perícias e problemas relativos ao novo edifício que nunca foram resolvidos.

Quanto à falta de material no laboratório, o gabinete de Francisca Van Dunem disse na altura àquele jornal estar em curso «o processo de aquisição de um novo cromatógrafo, através do orçamento da PJ», falando ainda na intenção de comprar outros através do Fundo para a Segurança Interna.

No campo da falta de condições está também a alegada diminuição da frota automóvel, havendo até uma situação em que não foi possível a uma equipa deslocar-se a Espanha por falta de seguro indicado para viagens ao estrangeiro na viatura que estava disponível.

Entrega de edifício sem data

De acordo com informações avançadas na altura pelo SOL, a entrega definitiva do edifício-sede da Polícia Judiciária ao Estado – que chegou a estar prevista para o início deste ano – pode, afinal, demorar algum tempo. Nas empreitadas, este é o último momento em que podem ser reclamadas todas as imperfeições ou desrespeitos pelo caderno de encargos à construtora, neste caso a Opway. O Ministério da Justiça confirmou naquela altura que o processo ainda se encontra em fase de revisão.

Além do atraso, mesmo quando for entregue, o novo edifício ainda não estará completo. Mais de três anos depois da inauguração da sede da PJ (que aconteceu em março de 2014), há partes que ainda estão por acabar.

Aquando da inauguração faltavam acabamentos nas carreiras de tiro, no heliporto e no Laboratório de Polícia Científica (LPC). De tudo isso, hoje, só as carreiras de tiro estão a cem por cento. O LPC ainda está no edifício antigo e no heliporto nunca aterrou qualquer helicóptero.