Eurostat. Emprego na UE atingiu novo máximo no ano passado

Taxa média nos países europeus chegou a 71,1% em 2016 e em Portugal subiu para os 70,6%. Meta global para 2020 é de pelo menos 75%.

A taxa de emprego da população entre os 20 e os 64 anos na União Europeia (UE) atingiu em 2016 um novo máximo de 71,1%. Portugal registou uma subida para os 70,6%, o que coloca o país no nono lugar da zona euro.

O Eurostat revela que taxa de emprego na UE subiu 1% face a 2015 (70,1%) e superou o anterior máximo, que datava do período antes da crise de 2008 (70,3%). O gabinete oficial de estatísticas aponta sete países que já atingiram o objetivo para 2020.

A “Estratégia Europa 2020” fixa uma meta global a alcançar na UE daqui a três anos de, pelo menos, 75%. Os objetivos de cada um dos estados-membros variam em função da atual situação, e vão dos 62,9% na Croácia aos 80% na Suécia, Holanda e Dinamarca.

Portugal, que tem como meta uma taxa de emprego de pelo menos 75%, aproximou-se do objetivo, ao subir 1,5% – de 69,1% em 2015 para 70,6% em 2016. O número coloca o país como o nono melhor entre os 19 países que partilham a moeda única.

De acordo com os dados do Eurostat, os países com taxas de emprego mais elevadas no ano passado eram a Suécia (81,2%), Alemanha (78,7%), Reino Unido (77,6%), Dinamarca (77,4%), Holanda (77,1%), República Checa (76,7%), Estónia (76,6%) e Lituânia (75,2%).

As taxas de emprego mais baixo eram as da Grécia (56,2%), Croácia (61,4%), Itália (61,6%) e Espanha (63,9%).

Estimativas em Portugal

De acordo com o INE, em fevereiro de 2017, a estimativa provisória da população empregada foi de 4610,5 milhares de pessoas, tendo aumentado 0,1% (5,3 mil) face ao mês anterior e 0,6% (25,5 mil) em relação a três meses antes (novembro de 2016).

“Neste mês, a estimativa provisória da população desempregada foi de 510,6 mil pessoas e a da população empregada foi de 4 610,5 mil pessoas”, revelou o INE, colocando a taxa de desemprego provisória nos 10%.

Também o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelou que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu para o valor mais baixo em oito anos. Um número inferior às 471 474 pessoas registadas em fevereiro tinha sido contabilizado em fevereiro de 2009.

 

Descida acentuada Fevereiro foi também o mês com a segunda descida mais acentuada entre todos os países da Zona Euro.

No início de abril, o Eurostat revelou que só em Espanha a taxa de desemprego registou uma queda mais forte. No país vizinho desceu de 20,5% para 18%, enquanto em Portugal recuou de 12,2% em fevereiro de 2016 para 10% em fevereiro deste ano. Tendo em conta todos os países da União Europeia, a Croácia conseguiu uma descida mais forte do desemprego (2,8%, para 11,6%).

De acordo com as estimativas do gabinete de estatísticas europeu, há 19,75 milhões de desempregados na UE, dos quais 15,439 milhões estão na Zona Euro.

Nos 19 países que partilham a moeda há menos 1,246 milhões de desemprgados do que em 2016.