China e EUA têm um novo acordo comercial

Compromisso entre Trump e Xi tem dez pontos e inclui o retomar de algumas transações que tinham sido suspensas

As previsões de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, alimentadas pelas ameaças de Donald Trump e Rex Tillerson, antes, durante e após a campanha presidencial norte-americana, estão longe de se confirmar. 

Chineses e norte-americanos anunciaram hoje um primeiro acordo, de dez pontos, que pressupõe a abertura do mercado chinês às agências de rating dos EUA e a retoma das importação de carne de vaca e de gás natural americano.

Para além disso, a China aceitará igualmente a entrada das companhias de cartões de crédito americanas no país.

Do lado dos EUA, abre-se o mercado aos bancos chineses e à importação de aves cozinhadas.

Os chineses foram um dos principais alvos de Trump, durante a corrida à presidência. As críticas às táticas comerciais de Pequim que, segundo o então candidato republicano, contribuíram para o encerramento de empresas norte-americanas e para o aumento do desemprego – devido aos baixos custos de mão-de-obra e produção comparados com aquilo que é praticado nos EUA – foram constantes, quer em comícios, quer em mensagens do magnata partilhadas no Twitter.

“Não podemos permitir que a China viole o nosso país”, defendeu Trump inúmeras vezes, espoletando respostas ríspidas por parte da comunicação social chinesa, ligadas ao governo de Pequim.

 

A visita do presidente Xi Jinping ao resort de Mar-a-Lago, na Florida, e a oficialização deste acordo, abrem um novo capítulo na relação entre Trump e a China.