Soluções para financiar o seu MBA

Desde bolsas, a protocolos com ordens profissionais ou créditos especiais na banca, o leque de soluções para conseguir financiar a sua formação é vasto.

São várias as instituições de ensino superior que oferecem soluções para que os alunos de MBA possam financiar o seu curso, cuja propina varia entre os 8.500 e os 32 mil euros, acrescidos de IVA. Desde bolsas de estudo, crédito com garantia mútua, acordos especiais com a banca ou protocolos com entidades ligadas a alguns setores, como ordens profissionais ou associações profissionais, o leque de soluções é cada vez mais vasto já que as escolas de negócios e de executivos estão atentas às dificuldades financeiras dos alunos.

Onde se deve dirigir?

Junto da banca, são várias as soluções para conseguir financiar o seu MBA: pode pedir um crédito para formação ou pode optar pelo sistema de empréstimos com garantia mútua. Se optar por um crédito para formação pode recorrer a qualquer banco mas só há sete – CGD, Santander Totta, BPI, Millennium bcp, Montepio, Crédito Agrícola e Novo Banco – que oferecem o sistema de garantia mútua. Este tipo de crédito foi lançado em 2007 e prevê condições especiais para estudantes do ensino superior (público ou privado), através de um acordo assinado entre o Estado, a Sociedade de Garantia Mútua e os bancos.

O que deve ter em atenção?

Caso recorra ao crédito para formação peça várias simulações para facilitar a decisão. Na garantia mútua as condições são semelhantes em qualquer um dos bancos, mas fora deste sistema o crédito para a formação oferece condições diferentes. Depois de estudar as ofertas de crédito disponíveis, escolha a que tiver a Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) mais baixa. Entre as duas soluções na banca, o sistema de crédito com garantia mútua pode ser mais vantajoso. Isto porque o spread é mais baixo e é possível a qualquer estudante conseguir o financiamento sem dar qualquer tipo de garantia ao banco.

Quanto pode pedir?

O montante máximo dos empréstimos de garantia mútua é de 25 mil euros. Nos restantes empréstimos o valor pode subir até aos 60 mil euros. Qualquer um destes créditos pode ser aplicado em licenciatura, mestrado, doutoramento ou MBA. No entanto, aos alunos dos mestrados, doutoramentos e dos MBA é exigido uma carta a expor as razões que o levam a frequentar esta formação, na hora de se candidatarem ao crédito com garantia mútua.

Qual é o spread?

No crédito com garantia mútua o spread máximo é de 1%, que pode baixar para os alunos que tenham mais de 14 valores de média. Para os estudantes com médias entre os 14 e os 16 valores, o spread pode descer para os 0,65%e, se o estudante conseguir ultrapassar esta média, desce até aos 0,2%. Se o banco permitir, opte por receber o dinheiro em tranches. É a opção mais vantajosa porque só paga juros sobre o valor entregue em cada tranche. Nos restantes tipos de crédito o spread médio ronda os 3% a 3,5% indexado à Euribor a três ou a seis meses.

Quanto tempo tenho para pagar o empréstimo?

No sistema de garantia mútua, após a conclusão do curso o aluno tem um ano para começar a pagar o crédito. Enquanto frequenta o curso não é exigido qualquer pagamento ao banco, é o chamado período de carência. Depois deste período, o aluno tem entre seis a dez anos para concluir o pagamento. Nos outros créditos o período de carência pode variar entre seis e os 42 meses.

Posso candidatar-me a uma bolsa de estudo?

Sim. Existem várias programas de MBA que oferecem bolsas de estudo para os melhores estudantes que cobrem parte ou a totalidade das propinas. No entanto, os alunos de MBA não são elegíveis para as bolsas de estudo públicas que são geridas pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES). Isto porque a maioria dos MBA não confere grau académico. Apenas os estudantes de licenciaturas e mestrados podem concorrer a uma bolsa da DGES. Os alunos de doutoramento têm um outro sistema gerido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

A que outras entidades posso recorrer para uma bolsa?

Há instituições de utilidade pública, como o Instituto Camões, que têm vários programas de bolsas para estudantes portugueses e estrangeiros, que queiram frequentar uma instituição de ensino superior portuguesa. No caso de ser trabalhador-estudante informe-se com a sua entidade patronal. Algumas empresas têm verbas específicas para formação, que pode usar para investir em cursos superiores. Procure também informações junto da instituição de ensino superior que pretende frequentar. Algumas oferecem facilidades de pagamento através de prestações. Há ainda algumas universidades ou escolas de negócios que têm protocolos estabelecidos com ordens ou associações profissionais que preveem descontos nas propinas que podem chegar aos 10%. Além dos apoios financeiros, há escolas que oferecem outro tipo de vantagens, como é o caso da AESE que tem a Bolsa Babysitting para que as jovens mães consigam ter onde deixar os filhos durante as aulas.