Farmacêuticos desconvocam greve nacional depois de garantias do Ministério da Saúde

Farmacêuticos desconvocam greve nacional depois de garantias do Ministério da Saúde

O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) recuou com a greve que estava agendada para 18 e 19 de julho, depois de o governo ter anunciado que a sua reivindicação será levada a Conselho de Ministros no final do mês.

Os farmacêuticos exigiam a imediata publicação da carreira farmacêutica no Sistema Nacional de Saúde (SNS), já negociada com o governo, e consequente criação de uma carreira para os profissionais em regime de contrato individual de trabalho.

 Em comunicado lê-se que a greve foi desconvocada porque o SNF recebeu a garantia do Ministério da Saúde de que “os diplomas da Carreira Farmacêutica irão a Reunião de Conselho de Ministros no próximo dia 27 de Julho”. O gabinete do secretário de Estado da Saúde informou ainda o SNF que “a carreira ficou aprovada na última reunião de Secretários de Estado e o facto de só ir a Reunião de Conselho de Ministros no próximo dia 27 prende-se exclusivamente com o facto de ser a reunião mensal que tem caráter deliberativo”.

O SNF diz em comunicado congratular-se com o anúncio do governo, já que “esta era uma pretensão com mais de 20 anos”. Para os farmacêuticos, a função da classe no Serviço Nacional de Saúde é insubstituível, principalmente nas áreas “críticas” como as das análises clínicas e da genética humana. Explicam ainda que a sua função é essencial “na aquisição, preparação e distribuição de medicamentos e dispositivos médicos, nomeadamente, medicamentos para o tratamento do cancro e das doenças infecciosas, com elevado impacto orçamental, que precisam de ser geridas por farmacêuticos, enquanto profissionais altamente qualificados”.

O Sindicato dos Farmacêuticos faz questão de clarificar que da publicação deste diploma “não resultará qualquer impacto orçamental, nem nenhuma mais-valia” para esta classe de trabalhadores. Em causa está apenas “a adequada regulamentação e organização da função”, vertentes que foram “plenamente cumpridas” na proposta de diploma que foi acordada e que foi conseguida “à custa de elevados sacrifícios dos Farmacêuticos, numa perspetiva de investimento no seu futuro e estabilidade profissional”. Os farmacêuticos tinham marcada uma greve para 18 e 19 de julho, e por tempo indeterminado a partir de 1 de agosto.