Uber. Lisboa pode vir a ser o novo centro de operações da empresa

Em questão está um investimento que envolverá a criação de 250 novos postos de trabalho

Lisboa está na moda. Mas não é apenas para receber turistas. A capital portuguesa está agora na mira da Uber para ser o novo centro de operações e de suporte. 

 A engrossar a lista de possibilidades está ainda Paris, Cairo, Cracóvia e Limerick. Falamos de um investimento que pode representar a criação de cerca de 250 novos postos de trabalho. De acordo com o Jornal de Negócios, Lisboa “está bem encaminhada para receber o investimento” e a favor pesa o facto de a empresa ter crescido a olhos vistos desde que começou a operar em Portugal, em 2014. 

Recorde-se, no entanto, que a empresa tem estado envolvida em algumas polémicas, nomeadamente, depois de muitos considerarem que as operações da Uber em Portugal são ilegais. 

Esta semana a Uber voltou às luzes da ribalta pelos piores motivos. Em questão está o facto de as quase 900 multas passadas por angariação e transporte de passageiros sem licença terem visado os motoristas e não as empresas como a Uber ou a Cabify. 

De acordo com o Diário de Notícias, estas multas, passadas pela GNR, dizem respeito às “práticas de angariação, com recurso a sistemas de comunicação eletrónicos, de serviços para viaturas sem alvará”.

O facto de as multas estarem a ser aplicadas ao motoristas e não às empresas levaram à contestação por parte de taxistas, que há muito se queixam das operações de plataformas digitais como a Uber. 

As polémicas em que a empresa já se viu envolvida levaram mesmo Travis Kalanick, um dos fundadores da Uber, a renunciar o cargo de presidente executivo (CEO) da plataforma nos Estados Unidos. A saída surgiu após uma sucessão de escândalos que manchou a imagem da empresa, outrora um dos exemplos de sucesso mais proeminentes de Silicon Valley.

Os investidores da Uber entraram em rotura com o gestor. A pressão aumentou quando cinco grandes shareholders da empresa enviaram uma carta a Kalanick, intitulada “Levar a Uber para a frente” [Move Uber Forward], onde se exigia que abandonasse o cargo imediatamente. Entre os signatários terá estado a capital de risco Benchmark, um dos maiores investidores da companhia que conta com um responsável no conselho de administração da Uber.

Em comunicado Kalanick diz acatar o pedido de demissão mas deixa recado: “Amo a Uber mais do que qualquer outra coisa”.