Má qualidade do ar. 6630 pessoas terão morrido prematuramente em Portugal

A má qualidade do ar causa a morte prematura de 400 mil cidadãos da União Europeia.

A má qualidade do ar leva à morte prematura de 400 mil pessoas na União europeia por ano. Os dados foram hoje revelados num relatório da Agência Europeia do Ambiente, segundo os quais é possível saber que em Portugal, 6630 pessoas terão morrido prematuramente em 2015 devido à má qualidade do ar.

O documento “A qualidade do ar na Europa, relatório de 2017” revela que o transporte rodoviário, a agricultura, a produção de energia e as fábricas e as famílias são os maiores emissores de poluentes na Europa.

De acordo com o relatório, 7% da população urbana da UE foi, em 2015, exposta a níveis de partículas poluentes em suspensão acima do valor máximo. No caso de Portugal, por ano, morram prematuramente 3710 pessoas devido às elevadas concentrações de partículas finas (PM2.5), 2410 devido ao dióxido de azoto (NO2) e 280 devido ao ozono, totalizando cerca de 6630 mortes.

Estes dados, de acordo com a associação ambientalista Zero, revelam um elevado aumento de mortalidade face à estimativa feita para 2013 no que respeita ao dióxido de azoto que passaram de 150 para 2410 mortes prematuras anuais.

A associação baseia-se em dados da Agência Portuguesa do Ambiente para mostrar que, apesar dos dados de 2016 mostrarem já algumas melhorias, ainda são problemáticos. A estação de monitorização da qualidade do ar da Avenida da Liberdade em Lisboa apresentou melhorias, mas a média anual de dióxido de azoto registada (57,3 g/m3) foi ainda bastante superior ao permitido pela legislação europeia e nacional (40 g/m3). Esta média foi ainda mais superada no Porto, na estação de Francisco Sá Carneiro / Campanhã (74,8 g/m3. Em Braga na estação de monitorização de Frei Bartolomeu Mártires – São Vitor (55,3 g/m3).