Educação sofre corte de 182 milhões de euros em 2018

Pela segunda vez consecutiva o governo volta a tentar esconder um corte nas verbas disponiveis para o básico e secundário. Em 2018, a tutela de Tiago Brandão Rodrigues terá 6.173,1 milhões de euros disponíveis. Menos 182 milhões (2,9%) face aos 6.355,6 milhões de euros que realmente fora gastos em 2017. A redução das verbas para…

O governo volta a cortar as verbas para a Educação no próximo ano, ao contrário do que diz no relatório do Orçamento do Estado, quando se refere que há um aumento no investimento para o básico e secundário.

Na relaidade, em 2018, o Ministério da Educação terá menos 182 milhões de euros disponíveis face ao total das verbas disponíveis este ano. Uma redução de 2,9% face à despesa de 2017. E é um corte nas verbas superior ao registado no ano passado que ascendeu a 169,5 milhões de euros.

De acordo com os números inscritos no relatório do OE 2018, a tutela de Tiago Brandão Rodrigues tem uma despesa prevista de 6. 173,1 milhões de euros. E até ao fim de 2017 o governo prevê gastar 6.355,6 milhões de euros. Contas feitas, são menos 182 milhões de euros.

No entanto, o governo escreve no mesmo relatório que há um aumento nas verbas disponíveis na ordem dos 150 milhões de euros (2,5%).

A diferença está na forma como o Executivo trata e divulga os dados. O governo compara os valores que são inicialmente estimados, ignorando o que realmente é gasto. Ou seja, para o Executivo, o valor tido em referência é o valor que estimou gastar em 2017, excluindo todos os acréscimos e reforços que foi tendo ao longo do ano (o executado).

É a segunda vez consecutiva que o Executivo usa esta estratégia para dizer que há um reforço no investimento da Educação, quando na realidade o que existe é uma redução. Já no ano passado

No entanto, fora da despesa prevista de 6.173,1 milhões de euros não estão contabilizados os reforços necessários para cobrir a correção salarial que resultará do descongelamento das carreiras, de acordo com o documento ontem entregue pelo ministro das Finanças no parlamento.