2016, o ano em que se perdeu mais hectares de floresta

Os incêndios estão na base da redução das áreas florestais, tal como a desflorestação, o corte de árvores e a atividade mineira.

Os dados correspondem a 2016: a perda de áreas florestais atingiu o número mais elevado de sempre, com 29,7 milhões de hectares perdidos. As estimativas foram publicadas num relatório do Global Forest Watch (GFW).

A principal explicação relaciona-se com os numerosos incêndios que deflagraram no ano passado, no mundo. Mas, para o futuro, o cenário não se mostra mais animador, com os incêndios que têm assolado vários hectares em Portugal, Espanha ou no Estado norte-americano da Califórnia – e que poderão levar a um novo aumento.

Tanto em 2016 como no ano anterior, a corrente quente cíclica El Nino, do Pacífico – a segunda mais intensa de que há memória -, contribuiu para a ocorrência de incêndios, uma vez que provocou condições de tempo muito seco nos trópicos. As alterações climáticas estão, também, na base de muitos incêndios.

Mas a redução das áreas florestais a nível mundial não se deve apenas aos incêndios. Entre as principais causas contam-se também a desflorestação decorrente da agricultura, o corte de árvores e a atividade mineira.

Segundo o mesmo relatório, Portugal destaca-se pelos piores motivos: perdeu 4% da área florestal, que corresponde à maior proporção de área ardida e a cerca de metade dos hectares ardidos em toda a União Europeia.