Terá a poesia inventado o Viagra?

“O Elixir do Pajé” do poeta brasileiro Bernardo Guimarães falava, no final do Séc, XIX, do “santo elixir da tesão”. 

De acordo com um artigo da revista brasileira Veja, o poema é um apelo de um "pajé" a sofrer de impotência ao seu orgão sexual. As queixas prolongam-se versos abaixo até o homem relembrar que não é tempo de “esmorecer, pois que teu mal ainda pode alívio ter".

O pajé de Goiás, sofrendo de falta de líbido, pede conselhos ao demónio e recebe inspiração para cozinhar uma poção milagrosa. O elixir faz efeito e a moral das tropas sobe. 

O poeta retoma o monólogo para anunciar ao seu mais precioso que uma gota de elixir vale por quinze dias de euforia e animação. "O maior mimo da terra" é a loção para regressar triunfal aos jardins proibidos do desejo.

O poema escatológico pode ser lido na íntegra aqui. Bernardo Guimarães é conhecido por ser o autor do romance "A Escrava Isaura" e visto como o maior poeta popular da sua época.